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Ramiro Batista

Política, Comunicação e Escrita Criativa

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Voto de vingança recoloca Lula no jogo contra Bolsonaro

11 de março de 2021 por Ramiro Batista Deixe um comentário

Voto de vingança explica a influência de Lula dois anos depois de ter sido banido e do fiasco do governo Bolsonaro

Se Lula tivesse feito há dois anos atrás o discurso com que foi recebido ao som de trombetas hoje, não seria ouvido. 

É o mesmo discurso do velho encantador de serpentes que:

  1. usa expressões que o povo entende (picanha, marmita, pão com manteiga e futebol),
  2. tem uma fala adequada a diferentes públicos, o interno e o externo, que acena para o empresariado e a classe média sem machucar seus sindicalistas, e vice-versa,
  3. vai da afinidade com a rotina mais comezinha do trabalhador a articulações sobre economia, saúde e ambiente que poderiam ser ditas na ONU,
  4. escolhe com maestria os inimigos (desta vez Moro, Imprensa e Bolsonaro),
  5. posa como ninguém de vítima que não guarda rancor.

O que muda o quadro hoje é que há disposição de ouvi-lo depois do fiasco da aposta que se fez no capitão que tinha vindo para bani-lo, por bons motivos, da vida pública nacional.

A isso se dá o nome de vingança.

Assim como a maioria do eleitorado votou em Bolsonaro para se vingar do engodo que lhe passou o PT, agora boa parte desse eleitorado quer se vingar com ele do engodo em que foi metido há dois anos.

Se é verdade que vingança é um prato que se come frio, em política é aquele que os maestros da retórica exploram a quente.

Escrevi há pouco tempo que o eleitor vota até no diabo, como votou, para evitar o capeta. Mas depois, se preciso, vota em outro para tirar o anterior.

Desde que apareça um bom capeta no mercado, como é o caso de Lula nas atuais circunstâncias.

Ele é hoje a única miragem disponível capaz de fazer Bolsonaro estremecer e afrouxar a prepotência com que ajudou a enfiar o país no buraco.

Não à toa, logo depois que Lula defendeu posição contrária e óbvia à dele, em defesa da vacina (“não ouça esse presidente imbecil”), Bolsonaro correu para fazer de máscara uma cerimônia para assinatura de compra das vacinas da Pfizer e da Johnson. 

Ao mesmo tempo, o filho Flávio foi flagrado pedindo a seus multiplicadores nas redes o que parecia impensável no tempo em que jogavam contra o esforço da medicina e da sociedade. Sobre uma foto do pai:

— Vamos viralizar: “Nossa arma é a vacina”.

Eu me perguntava até há pouco se não havia alguém ao redor que Bolsonaro ouvisse, capaz de pará-lo. Que o encostasse na parede e o convencesse de que passa dos limites ao sair sem máscara, fazer aglomeração e pregar contra vacinas e prevenção, na contramão do mundo.

Não parecia haver ninguém até ontem. Só, agora, Lula.

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Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

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