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Ramiro Batista

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Três recursos dramáticos de arrasar no filme sobre José Aldo

28 de junho de 2016 por Ramiro Batista 1 comentário

Três recursos de arrasar no roteiro do filme sobre José Aldo
José Aldo: vencer a raiva, sair para outro mundo, conquistar a moça

O arrasador Mais Forte Que o Mundo — A vida de José Aldo é cheio dos recursos dramáticos tradicionais dos roteiros impactantes, que acompanham o herói que sai da zona de conforto, dá duas viradas cruciais e vence.

Destaco as três mais óbvias:

  1. O patinho feio que vence a miséria e ganha o mundo
    A vida de José Aldo é uma desgraça só na primeira parte, em Manaus: pai bêbado que bate na mãe, falta de emprego e dinheiro, o namoro mal resolvido, uma abulia que supera roubando pizzas com os amigos ou batendo em transeuntes em pegas de carro.
  2. O sujeito que sai do seu mundo sem perspectivas para tentar a sorte em outro
    Ele vai ao fundo poço, quando mesmo essa vida já suficiente ruim desagrega, antes de ir para o Rio de Janeiro tentar qualquer coisa numa academia de MMA.
  3. O moço encontra a moça, perde a moça e recupera a moça
    Ele conhece uma aluna da academia (Cléo Pires linda e empática), de quem vai se aproximar, conquistar, perder e reaver para o happy-end, outro recursos infalível que, de tão óbvio, nem entra na conta.

O diretor Afonso Poyart carrega nas tintas, na primeira e na segunda fases, tanto no tom escuro de uma quanto no ensolarado da outra, de tragédia do início ao de comédia romântica do meio para frente.

Não tem medo de namorar com o dramalhão e apelar para os sentimentos mais primitivos, tratando de acrescentar algo além disso para dar-lhe alguma transcendência.

Bebendo da fonte dos grandes filmes de lutador, como Rocky ou Touro Indomável, seu roteiro em parceira com Marcelo Rubens Paiva tem a inteligência de acrescentar substância nos conflitos internos do personagem.

A luta aqui não se dá no tablado e nem nas grandes sequencias de porrada que dirige com talento ainda insuperado no cinema nacional, mas na briga do personagem com ele mesmo (o jovem José Loreto arrasa no papel) para superar a vontade de espancar o mundo como o pai faz com a mãe.

— Estou te ensinando a lutar, não a brigar — diz seu treinador, o sempre ótimo Milhem Cortaz, em uma das tentativas de domar seu furacão interno.

Só a vitória primeiro sobre a raiva interna que lhe tira do centro vai determinar sua vitória em outros campos.

É um grande diretor e roteirista que vem apanhando como sparring da crítica especializada por conta do excesso de pirotecnias que trouxe de sua experiência no mundo da publicidade. Como os elementos visuais, inclusive desenhos, que incluiu com aprovação geral no seu primeiro longa, 2 Coelhos.

É outro dos recursos que ele se permite para dar alguma sofisticação a seus dramalhões. Não é nada bobo.

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Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

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Comentários

  1. Tiago diz

    9 de dezembro de 2016 em 10:55

    Interessante.

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