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Ramiro Batista

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Tiro alto de Janot une políticos e pode ter efeito contrário

9 de junho de 2016 por Ramiro Batista 4 Comentários

Tiro alto de Janot une políticos e pode ter efeito contrário
Janot deu um tiro alto que conseguiu juntar a classe política e pode ter efeito contrário (Foto Marcelo Casal Jr. / Agência Brasil)

— Ou nos locupletemos todos ou restaure-se a moralidade.

A frase atribuída a entre outros Stanislaw Ponte Preta pode ser vertida para “ou nos unimos ou vamos todos para a cadeia”, depois que o procurador geral da República Rodrigo Janot pediu a prisão da cúpula do PMDB — Cunha, Jucá, Renan e Sarney.

Desde o início da Lava Jato que não se via um movimento tão coeso de políticos de todos os partidos, no coro de que é preciso cautela e cuidado para preservar as instituições e a democracia. Incluindo o belicoso PT, dos quais se esperava uma revanche por ver no solo os que lhe tomaram o governo e o acusaram de sócio único do Petrolão.

Ecoaram junto com a maioria o que parece ter sido orquestrado por Renan antes de seu pronunciamento contemporizador para uso público, do alto de sua cabeceira na mesa de Presidência do Senado:

Humberto Costa, PT do Ceará: “É importante registrar também que não há, em nada que foi dito até agora, qualquer tipo de envolvimento ou participação do governo. Isso é importante dizer.”

Paulo Paim, PT do RS: “Todo mundo ficou surpreendido. Todo mundo ficou perplexo e não imaginava que isso ia acontecer. E, claro, constrangimento generalizado aqui na Casa.”

Exacerbação do poder

Pode ter sido o grande erro de Janot.

Ele colocou todos no mesmo barco contra ele, incluindo os caciques do Supremo Tribunal Federal, mais intransigentes que os políticos com esse tipo de jogo subterrâneo para peitar os poderes da República.

A versão que corre e já aceita pela história, independente de verdade, é que o procurador enviou o pedido de prisão por obstrução de Justiça para o relator Teori Zavascki, há entre 10 e 15 dias. Como o ministro estaria demorando a atender o que para eles seria um caso de urgência como o de Delcídio do Amaral, ele ou os procuradores vazaram ou deixaram vazar para pressioná-lo.

Outro objetivo seria o de desmontar a República Temer e, de certa forma, fazer meia revanche de claro objetivo político.

Os procuradores de Brasília estariam com uma pressa suspeita de abater agora antigos aliados do governo Dilma Rousseff que vinham protegendo. Até os cisnes do Palácio percebiam que eles tinham mais, digamos, ímpeto contra inimigos como Eduardo Cunha do que contra amigos como Renan e os ministros Aloizio Mercadante e Edinho Silva, apesar do mesmo caminhão de provas.

Nessa conta, há outra razoável suspeita de que, enquanto os procuradores de Curitiba, da força tarefa de Sérgio Moro, pegavam os amigos do governo em sua maioria, com foco na cúpula do PT, os de Brasília se ocupavam dos inimigos, a começar do maior deles, Eduardo Cunha.

Reforça as suspeitas certo consenso entre a maioria dos políticos e analistas respeitáveis de que não há nas gravações do presidente da Transpetro, que teria motivado o pedido, provas retumbantes de obstrução.

Os caciques que não bobos e mais ouviam que falavam cometiam, no máximo, delito de opinião de que são imunes e cogitavam gestões e alterações na lei que, por execráveis que sejam, estão dentro do escopo  do exercício de suas atividades.



Cálculo político

Pode até ser que Rodrigo Janot tivesse/tenha mais provas que embase seu pedido e pode ser que, por trás da cautela ensaiada dos políticos, esteja o medo de que mais pode vir e desmoralizar qualquer discurso apressado.

Na conta da cautela, estaria ainda o cálculo de que Janot não cometeria tamanho risco de ser desmoralizado sem maiores provas, sabendo da alta possibilidade de que o Senado não ratifique as prisões e que os venerandos ministros do Supremo detestam ser peitados.

Se ele não tem mais do que as gravações de Machado, vazou ou deixou que vazassem ou não fez nada para punir quem vazou, sim, ele atirou alto. E, se acertou o pé, está em que colocou todos contra ele e aumentou o grau de desconfiança sobre seus métodos e de seus procuradores.

Se queria puni-los de verdade e não fazer política, pode colher resultado contrário.



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Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

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Comentários

  1. Nícolas diz

    10 de junho de 2016 em 08:39

    Ramiro, o Sr. me fez ver o outro lado da moeda. Parabéns pela elucidação.

  2. José Antonio diz

    9 de junho de 2016 em 17:34

    Sr. Jovaldo e Sr. Ramiro.
    Tem certamente uma ação do PT por vingança.ao PMDB.
    Quem assumiria a Presidência do Senado e mudaria todo o processo do impedimento da presidanta?
    O Janot é petista .
    PTralhas nunca mais.

  3. José diz

    9 de junho de 2016 em 17:24

    Janot pediu porque sabe que não será acatado. O art. 53 da Constituição Federal não permite tal ato. Adoraria vê-los presos, mas tal dispositivo diz que só podem ser presos em caso de flagrante de crime inafiançável.

  4. Jovaldo diz

    9 de junho de 2016 em 16:16

    Meu Sr Ramiro, ledo engano seu, porque o Janot fez o que a maioria dos procuradores não o fizera há tempos, motivo pelo qual sempre engavetava a roubalheira destes políticos.
    QUERO PARABENIZAR O JANOT, porque demonstra o quanto as instituições estão trabalhando de forma independente, entre as medidas de pesos e contra pesos do Judiciário, Executivo e Legislação, vem demonstrar que os poderes devem e sempre seram vigiados uns pelos outros na medida que acometem tais crimes contra as instituições. Por favor redija esta materia não entoando um cunho partidário, porque ficou muito nítido a que lado pertence. Portanto JUSTIÇA neles e que toda esta sujeira seja lavada para sempre.

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