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Ramiro Batista

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The Post remete ao mesmo rigor ético de Todos os Homens do Presidente

1 de fevereiro de 2020 por Ramiro Batista Deixe um comentário

Richard Nixon ainda tinha poder, no início dos 70, quando proibiu por razões de Estado o The New York Times publicar uma bomba, os chamados Papéis do Pentágono que revelavam o quanto os presidentes americanos tinha mentido sobre a Guerra do Vietnã.

Os papéis caíram nas mãos de seu principal concorrente, o mesmo Washington Post que iria revelar Watergate, e dariam à vacilante herdeira do jornal, Kathie Kay Graham, a oportunidade de se impor no meio e fazer história.

The Post – A Guerra Secreta flagra as idas e vindas das altas negociações entre a redação e Graham para convencê-la a enfrentar o risco de punição do governo e descrédito público, às vésperas de lançar suas ações em bolsas de valores, para se capitalizar.

Os fatos são anteriores ao escândalo de Watergate, que desaguaria na renúncia de Nixon em 1974 e no grande Todos os Homens do Presidente, de 1976, referência absoluta de filme sobre jornalistas e do melhor que o jornalismo pode ser.

Rodado em 2017, é como se tivesse sido feito antes. Remete ao mesmo rigor ético e responsabilidade pública, no longo percurso da checagem à publicação.

O clímax, em que Kay decide pelo telefone mandar rodar as máquinas, contra a pressão do governo, revela o quanto fez diferença ter colocado Meryl Streep no papel, de novo indicada ao Oscar de 2017.

Tom Hanks, sem brilho e com um maquiagem horrorosa, faz o mesmo diretor de Redação Ben Bradlee que deu a Jason Robards o Oscar de ator coadjuvante em Todos os Homens do Presidente.

Fora isso, o filme só levou uma indicação de fotografia. O grande Steven Spielberg faz aqui outro filme arrastado e burocrático como Lincoln, dando importância demais a cenas irrelevantes.

Como já escrevi no artigo sobre o filme, ele é ruim para se aprofundar na psicologia dos personagens e tende a filmes grandiosos, mas sem tensão, quando se mete a dramas históricos. Como fez em A Lista de Schlinder. Não é um Alan J. Pakula, que arrasou em Todos os Homens, com material semelhante.

O roteirista Josh Singer, parceiro de Liz Hannah aqui, não parece o mesmo do excelente Spotlight.

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Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

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