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Ramiro Batista

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Oscar plural e mestiço traduz mudanças na sociedade americana

26 de abril de 2021 por Ramiro Batista Deixe um comentário

Reação ao trumpismo, ascensão do pensamento progressista e mudança no eleitorado deu maior diversidade ao prêmio que traduz a América

Há umas três décadas, anos 90, o Oscar era todo branco e másculo.

Prêmios a mulheres e negros em funções importantes eram exceções, como naquelas propagandas de publicidade que colocavam um negro como cota.

É uma reviravolta impressionante que, em tão pouco tempo, ele tenha ficado mestiço e múltiplo, como foi o de ontem. E acenado para uma América mestiça muito antes do que as previsões dos antropólogos.

Uma mulher e chinesa (Chloé Zhao) ganhou os dois principais prêmios, de direção e melhor filme. Outra e coreana (Youn Yuh-jung), a Fernanda Montenegro da Coreia, o de atriz coadjuvante, passando por cima de nada menos do que as grandes branquelas Glenn Close, Olívia Colman e Amanda Seyfried.

Outra mulher (Emerald Fennell) ganhou pela primeira vez o de roteiro original. Um negro (Daniel Kaluuya), o de ator coadjuvante. Um personagem negro no mundo do jazz ganhou pela primeira vez a melhor animação (Soul).

Quase foi possível duvidar que um branco clássico, como Anthony Hopkins, fosse levar a hoje categoria mais badalada, de ator. Havia uma badalação pelo extraordinário e morto precocemente Chadwick Boseman, que havia arrebentado em Pantera Negra e agora em A voz Suprema do Blues.

É bem possível que o que resta de hegemonia branca esteja com seus dias contados. Que atores, diretores e roteiristas brancos terão que suar muito para não serem exceção, como foram no passado recente atores e diretores negros como Morgan Freeman ou Spike Lee.

Tem muito de reação ao trumpismo branco e reacionário contra minorias e também à ascensão lenta e persistente, anterior à isso, do pensamento progressista nos meios influentes, nas últimas décadas.

Mas teve algo mais determinante e mensurável, que foi a mudança na composição dos eleitores do Oscar. Antes restrita aos Estados Unidos, expandiu para coletar votos de personalidades da indústria do cinema no mundo todo.

O Oscar assumiu que deixou de ser estadunidense. Futuramente, o Oscar de filme estrangeiro deve perder o sentido, por exceção.

Como bem lembrou Artur Xexéo, no seu comentário na transmissão da Globo, num contexto desse, em 1999, Fernanda Montenegro teria levado o Oscar de atriz por Central do Brasil, mais ou menos como ocorreu com a sua congênere da Coreia.

Naquele ano, ainda ápice do Oscar branco, másculo e americano, ganhou a desminlinguida Gwyneth Paltrow, de Shakespeare Apaixonado.

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Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

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