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Ramiro Batista

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O primeiro Homem-Aranha, a gente não esquece

19 de julho de 2012 por Ramiro Batista Deixe um comentário

Engraçado em filmes de quadrinhos como o Homem-Aranha é que os roteiristas precisam destruir metade do mundo para que o herói resolva seu problema com a namorada.

Como no caso do mais recente, em que o Lagarto destrói meia Manhattan para colocar o rapazinho tímido em confronto com o sogro que não gosta do seu relacionamento com a filha.

Fãs desse tipo de filme acham que o primeiro a gente nunca esquece e tendem a rejeitar os atores que se metem a substituir os originais.

Mas o Peter Parker de Tobey Maguire – ou que a direção fez dele – do primeiro filme da trilogia que começou em 2002 (foto) é muito superior.

Tinha aquela cara de retardo e inocência do patinho feito da escola que precisa arranjar a namorada e para quem salvar o mundo é um acidente de percurso que mal entende.

A construção do personagem, crucial em filmes inaugurais desse tipo, foi bem mais competente no roteiro de David Koepp e na direção de Sam Raimi, no primeiro filme.

O jovem vai incorporando gradativamente o estranhamento e as transformações em seu metabolismo, após ser picado pela aranha geneticamente modificada, como um aspecto de uma personalidade meio zonza, autodepreciativa e involuntariamente bem humorada.

Sua decisão por envergar o uniforme azul e vermelho, após uma competição numa luta de boxe, é toda construída a fazer sentido, ainda que no sentido possível a que as fantasias como essas se prestam.

Nem de longe o caso de Andrew Garfield (o brasileiro Eduardo Saverin do filme A Rede) na direção de Mark Webb e roteiro a três mãos. Mais feio, mais grungie e menos inocente, descobre-se com superpoderes e uniforme novo num tempo rápido demais que pareça lógico.

Também não se transformou ainda no fotógrafo que precisa do emprego no jornal em que o dono quer pegar o Homem-Aranha e nem tem uma tia coroca e velhinha como nas revistinhas.

Os roteiristas não se preocuparam, enfim, no que parece também essencial nessas adaptações – serem fiéis à primeira história.

Mantiveram a ideia de destruir meio mundo para que o rapazinho encontre, perca e reencontre a namorada, mas a traíram em quase tudo. E sem 10% do ritmo que Sam Raimi impôs aos primeiros.

Como tudo, entretanto, tem salvação, sobra a mocinha Emma Stone. Cobre com vigor, beleza, carisma e honestidade a falta de Kirsten Dunst.

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Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

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