• Skip to main content
  • Pular para sidebar primária
  • Pular Rodapé

Ramiro Batista

Política, Comunicação e Escrita Criativa

  • MEUS ARTIGOS
    • POLÍTICA & PODER
    • MÍDIA e PODER
    • ESCRITA CRIATIVA
  • MEUS LIVROS
  • MEU SITE
  • MEU CONTATO

Querido da imprensa, Mourão de fato trai para ajustar discurso de Bolsonaro

25 de abril de 2019 por Ramiro Batista Deixe um comentário

General Hamilton Mourão e vereador Carlos Bolsonaro ao telefone
Bem visto na imprensa que o escolheu como alternativa aos extremos Bolsonaro, Mourão ajusta o discurso com que se elegeu a atrai mais fama de traidor (Fotos Agência Brasil)

Os adversários do vice Hamilton Mourão, capitaneados por Olavo de Carvalho e Carlos Bolsonaro nas redes sociais, selecionam com pinça as várias provas do que constituiria sua traição ao presidente e ao discurso com que se elegeram.

Bernardo P. Kuster, um dos maiores propagadores no Youtube, lista pelo menos dez oportunidades em que, desde o fim da campanha eleitoral, o vice traiu os dois em gestos e palavras. Em cláusulas pétreas, polêmicas ou conjunturais do bolsonarismo em que o presidente e seus ministros estavam do outro lado.

Entre as pétreas, estariam posicionamentos contra o desaparelhamento do petismo na máquina federal, o direito ao porte de arma, a condenação ao aborto — e aproximação com inimigos do presidente.

Entre as polêmicas, a oposição à transferência da embaixada de Israel para Jerusalém, à privatização dos Correios e à rejeição do nome de Illona Szabó para o Conselho Nacional de Segurança.

Entre as periféricas, ter contestado a declaração do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de que Chico Mendes era irrelevante, ter relativizado a saída do país do ex-deputado e arqui-inimigo Jean Willis e ironizado a conversa pra boi dormir de que nazismo é de esquerda.

Sim, Mourão se reuniu com a CUT para discutir reforma da Previdência, questionou a decisão do chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, de limpar sua pasta de petistas, disse que o aborto é problema da mulher e que, se a população da Venezuela tivesse porte de arma, seria um banho de sangue.

Suprema prova, Mourão chegou a declarar em tom de manchete, que virou manchete, que “Bolsonaro sabe que precisa abrir mão do discurso polarizado“. Como?, se foi em nome dele que se elegeu, explodem seus adversários.

Canto de sereia da imprensa

Na análise do conjunto da obra, estimam que um Mourão vaidoso deixou-se seduzir pelo canto de sereia dos jornalistas que o escolheram para se contrapor ao presidente. E, em nome dessa vaidade, trai o presidente e o eleitorado também conservador como o presidente.

O que faz muito sentido e explica muito a guerra de morte em que seus adversários estão envolvidos, com beneplácito e mesmo alguma tesão do presidente: a de que há um pensamento hegemônico de esquerda, entranhado nos meios culturais, sobretudo na imprensa, para quem as teses de Bolsonaro soam esdrúxulas.

Nela, Mourão deveria estar do lado certo. E não fazendo o jogo dos inimigos, a começar pela imprensa tradicional, onde, de fato, suas aparições são sempre favoráveis, mistura de boa vontade e cálculo de ambos.

Para a imprensa, sim, ele funciona como um ajustador do discurso, o moderador, o candidato ideal que está na cadeira errada, o porto seguro a que se pode recorrer quando a torcida pela falência do governo e a queda do presidente vingar.

Acho Mourão alguns quilates acima do nível de Carlos Bolsonaro e lamento que tenha que perder tempo com essa conversa e acabe por ter que puxar publicamente a orelha do meninão que o pai não controla.

Também compro a tese de que ele gostou da proximidade com os jornalistas, um veneno muito comum de marinheiros de primeira viagem deslumbrados com o tamanho do mar. E anda tendo assessoria de mídia para se sair bem, segundo revela matéria da Folha de hoje.

Eleitorado conservador?

Mas seria conveniente que a turma de Carlos e Olavo ajustassem sua análise, recorrente, de que o país conservador tem um eleitorado conservador que elegeu um candidato idem.

É tudo verdade, mas até o limite de que certas posições extremadas do presidente, como porte de arma ou venda de estatais, não têm o respaldo da maioria. Boa parcela da sociedade, ainda que possa estar entorpecida por 50 anos de relativismos da esquerda, consciente ou inconscientemente, não as apóia. Principalmente a venda do blefe Petrobras.

E até o limite também em que toda a guerra de Carlos Bolsonaro pode ter interesses mais subalternos. Achou no discurso de Olavo de Carvalho uma cortina de fumaça para encobrir intenções mais prosaicas.

Como o seu desejo de ser ministro chefe da Comunicação, traído pela oposição dos principais conselheiros do presidente dentro do Palácio. Que, entre os principais deles, como se sabe, sempre esteve, pelo menos até a posse, Mourão.

Nos jogos de poder da alta política, como se sabe, nem sempre ou quase sempre as razões objetivas que saem na imprensa são as principais.

Posts relacionados

  • Olavo de Carvalho e a verdade filosófica pelo pensamento independenteOlavo de Carvalho e a verdade filosófica pelo pensamento independente
  • Foto do presidente Jair Bolsonaro com post sobre o carnaval no TwitterInfluência do Twitter e das redes sociais é blefe no governo
  • Capas da revista Crusoé de O Antagonista com Jair BolsonaroCrusoé dispara com o mesmo e novo jornalismo engajado de O Antagonista
  • Como a grande imprensa também produz fake newsComo que a grande imprensa também produz fake news
  • Imprensa preguiçosa caça governo e esquece vândalosImprensa preguiçosa caça governo e ignora vândalos
  • O caso Xico Sá e a imparcialidade em tempos de guerraO caso Xico Sá e a imparcialidade em tempos de guerra

Arquivado em: POLÍTICA & PODER Marcados com as tags: análise de mídia

Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

Reader Interactions

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sidebar primária

MAIS LIDOS

Gigante bobo e atrasado, Brasil deveria ter sido dividido em quatro

A Mente Moralista e sete desvantagens do discurso ideológico de Lula

Olavo de Carvalho de saias e à esquerda, Rita Von Hunty é estupenda

Comunicação ficou mais importante que arma e dinheiro para tomar o poder

Militância de direita se consolida e é principal adversário de Lula

Patrono da militância, Freire pode ter inspirado o anti senso crítico

Oratória e mente de Messias explicam poder hipnótico de Hitler

VEJA ARTIGOS DESDE 2010

MEU CANAL NO YOUTUBE

https://www.youtube.com/watch?v=UrQE4D29N3A

VEJA MAIS POSTS EM:

 Facebook Twitter LinkedIn Instagram

Footer

  • ESTE SITE
  • POLÍTICA DE PRIVACIDADE
  • LOJA DE LIVROS
  • MEU CONTATO

Copyright @ 2010-2020 - Ramiro Batista.