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Pour Cent e o charme de desnudar astros reais em história semi-ficcionais

6 de março de 2019 por Equipe de Redação Deixe um comentário

Izabelle Adjani com fulano e sicrano no episódio de Dix Pour Cent
Izabelle Adjani é um dos grandes nomes em cada episódio do roteiro inteligente do charmoso Dix Pour Cent (Foto/Divulgação)

Dix Pour Cent é uma saborosa comédia dramática em seis temporadas de seis capítulos cada, produção da TF2 francesa. As três primeiras estão disponíveis na Netflix.

Dez Por Cento se refere à comissão dos quatro agentes de uma glamourosa agência de artistas, que têm que se haver com seus dramas e disputas pessoais, enquanto resolvem as pendengas de seus representados.

As criadoras Dominique Besnehard e Fanny Herrero incorporaram muito bem a pegada das séries americanas, que tem um suspense de fio condutor ao longos dos capítulos e episódios de vida própria com histórias deliciosas.

Aqui, o charme irresistível de colocar em cada um atores, atrizes, roteiristas e diretores de cinema reais, representando eles mesmos.

Comparecem em carne, osso e suas idiossincrasias, para resolver alguma pendenga, exigência ou crise existencial com seu agente ficcional.

Começa já arrasando com a linda Cécile de France, de La Belle Saison e outros 19 filmes, a quem o agente Matias tem o duro dever de comunicar que fora rejeitada para um papel, por ter passado da idade.

Fenômeno do Cinema

Izabelle Adjani é convencida a fazer um papel no filme de um novo fenômeno do cinema, vencedor de Cannes, mas quando a agente vivida por Camile Costin vai dar a novidade ao diretor, ele diz que não a quer nem de graça, nem se for pago para isso.

Juliete Binochi está às voltas com um magnata que não convém contrariar, interessado num encontro a dois, e um vestido apertado de que não gosta e lhe tolhe a incontrolável vontade de fazer xixi. Bem na hora de entrar no palco para fazer a abertura do festival de Cannes.

Jean Dujardin não sai do personagem, um desertor da Primeira Guerra de roupa imunda. Acampado no jardim de sua casa duas semanas depois de encerrado o filme, põe em risco um novo contrato que não pode esperar-lo.

Já Isabelle Hupert põe em risco o contrato de exclusividade com produtores americanos, sujeito a multa milionária para agência, porque aceita fazer outro filme e uma peça de teatro ao mesmo tempo, na surdina.

Mônica Belluci quer que o agente emotivo agente Michel lhe ajude a arranjar um homem comum como namorado, desses que tira o próprio lixo. Ensaia uma visita a uma livraria para ver se apaixona pelo livreiro, como Julia Roberts em Nothing Hill.

Há um excelente episódio, em que mãe e filha, Nathalie Baye e Laura Smet, são convidadas sem o saber para os mesmos papéis no mesmo filme. E vão acabar transpondo e tentando resolver no trabalho as pendências emocionais de sua relação.

(Como, se fosse no Brasil, Fernanda Montenegro e Fernanda Torres caíssem nas mãos do mesmo diretor, mas que tivessem grandes diferenças a resolver.)

Interessante como que aceitam desnudar certas mediocridades pessoais, que não seriam convincentes se não captassem alguma de suas características reais. Ou do que aceitam como reais em suas personalidades.

A graça e inteligência do roteiro está em brincar com algumas de suas facetas e assim torná-los mais humanos aos olhos de seus súditos. Como nos melhores sites, tabloides ou revistas de fofocas, que vivem da fome natural desses súditos para se aproximar da vida real de seus ídolos.

Uma grande sacada tentar saciar essa fome com um projeto muito adequado.

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