• Skip to main content
  • Pular para sidebar primária
  • Pular Rodapé

Ramiro Batista

Política, Comunicação e Escrita Criativa

  • MEUS ARTIGOS
    • POLÍTICA & PODER
    • MÍDIA e PODER
    • ESCRITA CRIATIVA
  • MEUS LIVROS
  • MEU SITE
  • MEU CONTATO

Haddad é o tipo de poste que o eleitor vem apoiando

30 de outubro de 2012 por Ramiro Batista 2 Comentários

Reparem em Fernando Haddad, a maior atração do segundo turno das eleições, com seus mais de 3,3 milhões de votos nas costas.

Até há pouco, quando ainda ministro da Educação, não encarava o telespectador, olhava para baixo nas entrevistas e até gaguejava. Nas entrevistas mais recentes, como candidato, já absorveu parte do traquejo da marquetagem que adestra o candidato para dividir o olhar entre o repórter e o telespectador.

É um poste, mas cada vez mais o tipo de poste que o eleitorado está aprovando. O sujeito simples, coloquial, com boa bagagem de informação mas sem afetação, com cara de professor de matemática. Ele não precisa…

…discursar bem, de grandes ênfases e nem levantar o nariz. Pode até tropeçar nas palavras. Pode até passar insegurança mesmo, um tom de falibilidade que o faz mais humano, sem tantas certezas.

– Nós sabemos que isso tudo é muito difícil, mas vamos tentar.

Esse tipo de poste que vai ganhando luz própria não é novo. Para ficar por aqui, começou com Fernando Pimentel, passou por Márcio Lacerda e Antônio Augusto Anastasia, três postes clássicos com cara de professores de geografia, e chegou ao ápice, ao nível nacional, com Dilma Roussef, a mulher que tremia nos primeiros debates na televisão. Mas o melhor nome que se pode dar-lhes é mesmo o de técnico, o sujeito avesso ao político, esse ser ameaçado de extinção por excesso de falsidade.

A última eleição trouxe um monte deles e pode estar ameaçando, seriamente, os candidatos com cara de político. Os que, mesmo se esforçando para parecerem novos, coloquiais, normais, de discurso fácil, já parecem velhos ou… políticos. Como Aécio Neves, Arthur Virgílio, Sérgio Cabral e até, vá lá, Eduardo Campos. Vivemos tempos tão apressados, que devoram e buscam rostos novos com tanta avidez, que as pessoas estão ficando velhas e superadas rápidas demais. Vale para os atores, para os apresentadores de TV e, claro, para os políticos.

Já nem falo em José Serra e Lula, velhíssimos. Mas desse time de novos meio velhos – de Aécio a Eduardo Campos – que saem como grandes protagonistas dessas eleições, com pretensões de controlar o processo em 2014 e 2018. Eles vão ter que topar com gente cada vez mais nova e gaguejante, como o próprio Haddad ou, quem sabe, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hofmann.

Que, pelo menos até lá, ainda devem estar com jeito de novo.

Posts relacionados

  • Novo ET dos debates e estratégia que pode provocar segundo turnoNovo ET dos debates e estratégia que pode provocar segundo turno
  • Bolsonaro tenta à última hora e em vão mudar DNA de encrenqueiroBolsonaro tenta à última hora e em vão mudar DNA de encrenqueiro
  • Treze sacadas do panorama eleitoral a partir da onda de violência política Treze sacadas do panorama eleitoral a partir da onda de violência política 
  • O fator sudeste para Bolsonaro e a ideia de coesão ainda viva da rainha morta O fator sudeste para Bolsonaro e a ideia de coesão ainda viva da rainha morta 
  • Gigante bobo e atrasado, Brasil deveria ter sido dividido em quatroGigante bobo e atrasado, Brasil deveria ter sido dividido em quatro
  • Terceira via respira e pode ajudar empurrar eleição para segundo turnoTerceira via respira e pode ajudar empurrar eleição para segundo turno

Arquivado em: MARKETING POLÍTICO, POLÍTICA & PODER Marcados com as tags: políticos e candidatos

Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

Reader Interactions

Comentários

  1. Ramiro Batista diz

    31 de outubro de 2012 em 00:19

    Perfeito, Carla. A tentativa de eliminar os políticos e criar uma burocracia competente, durante a ditadura militar, não foi das melhores experiências. Os tempos são outros, mas técnicos tendem a se isolar em suas torres e a querer enquadrar a sociedade em suas teorias. Demoram a perceber/admitir que estão errados.

  2. Carla diz

    30 de outubro de 2012 em 21:36

    É engraçado como as coisas mudam: quando era criança e tentava ganhar os dois lados da balança, meus pais falavam “como você é política”. Agora contemporânea a essa “nova modalidade” de gestores e técnicos que eu acho fascinante porque mostra que a política evolui com o passar do tempo, mas também me preocupa na mesma intensidade. Onde ficará a figura do político? Sairá de cena por estar em desuso ou vai dividir espaço entre técnico/político?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sidebar primária

MAIS LIDOS

Gigante bobo e atrasado, Brasil deveria ter sido dividido em quatro

A Mente Moralista e sete desvantagens do discurso ideológico de Lula

Olavo de Carvalho de saias e à esquerda, Rita Von Hunty é estupenda

Comunicação ficou mais importante que arma e dinheiro para tomar o poder

Militância de direita se consolida e é principal adversário de Lula

Patrono da militância, Freire pode ter inspirado o anti senso crítico

Oratória e mente de Messias explicam poder hipnótico de Hitler

VEJA ARTIGOS DESDE 2010

MEU CANAL NO YOUTUBE

https://www.youtube.com/watch?v=UrQE4D29N3A

VEJA MAIS POSTS EM:

 Facebook Twitter LinkedIn Instagram

Footer

  • ESTE SITE
  • POLÍTICA DE PRIVACIDADE
  • LOJA DE LIVROS
  • MEU CONTATO

Copyright @ 2010-2020 - Ramiro Batista.