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Ramiro Batista

Política, Comunicação e Escrita Criativa

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Dilma faz governo melhor do que o de Lula, mas mete mais medo

14 de setembro de 2014 por Ramiro Batista 1 comentário

Uma das mais consagradas das 22 leis do marketing consolidadas pelos americanos Al Ries e Jack Trout é que é melhor ser primeiro do que ser o melhor.

Foto Reprodução
Para além do horário eleitoral, a situação econômica e social é a melhor em décadas, mas as contas estão bagunçadas e o PT mete medo

É fácil saber, por exemplo, quem fez a primeira travessia do Atlântico em voo solo: Charles Linderberg. E quem foi o segundo? O desconhecido Bert Hinkler fez um voo mais rápido e mais econômico, mas nunca mais foi visto na história.

É o caso de Dilma Roussef.

Não é só pela exuberância de seu programa eleitoral que ela demonstra fazer um governo muito superior ao de Lula, em todos os aspectos, mas é ele quem passará à história como o líder que abriu o governo para os pobres e de quem a grande massa da classe C pra trás se sente órfã.

Suas virtudes:

  1. Seu balanço de obras e resultados sociais são mais vistosos do que os de FHC e Lula juntos,
  2. conseguiu manter a economia e o nível de emprego aquecidos e conter a inflação, ainda que em patamares perigosos, apesar das dificuldades internacionais, e de certa forma desmoralizar a análise tradicional do corte como premissa de desenvolvimento,
  3. a situação econômica e social é a melhor em quatro décadas e vem, na verdade, apenas “desmelhorando” desde 2012, como diz esse artigo pertinente de Vinícius Torres Freire,
  4. reduziu a corrupção (o desmando na Petrobrás não é obra dela: quando entrou, foi desautorizando contratos, relações e nomeações suspeitas.
  5. conseguiu aprovações no Congresso retalhando o governo com os partidos, mas sem comprar deputado em dinheiro vivo como seu padrinho,
  6. embora represasse os preços da Petrobras para fazer populismo, deu autonomia ao Banco Central para aumentar os juros,
  7. e, institucionalmente, peitou o ambientalismo infantil que atravanca obras, limitou a sanha de criação de reservas indígenas, conteve os ímpetos petistas de controlar a imprensa, passou a tratar o Legislativo, o Judiciário e a imprensa de forma civilizada.

Seu problema:

Seu problema está na desordem das contas públicas e no que os economistas chamam de falta de coragem para fazer as reformas estruturais e cortar gastos.

De fato, para conseguir um superávit malandro, fez uma bagunça na contabilidade pública que arrebentou com o saneamento das contas que FHC havia conseguido lá atrás. Como bem demonstrou Míriam Leitão,

– A Eletrobrás deve à Petrobras, pegou dinheiro emprestado no Banco do Brasil e na Caixa, para pagar apenas uma parte e pendurou o resto. O Tesouro não tem repassado à Caixa todos os valores devidos para pagar a Bolsa Família e seguro desemprego. As distribuidoras de energia elétrica, que são empresas privadas, receberam empréstimos do Banco do Brasil, Caixa, bancos estaduais, BNDES e bancos privados em operações financeiras intermediadas por uma Câmara de empresários, por ordem do governo, e tendo como garantia o aumento futuro da tarifa. O Tesouro deve bilhões ao FGTS e ao FAT. O BNDES deve R$ 400 bilhões ao Tesouro.

Sem coragem, tempo ou disposição para perder tempo consertando máquina pública, vai empurrando os problemas e caçando resultados mais vistosos. Como seu padrinho e qualquer prefeito do interior, não é boba de ficar fazendo obra que fica debaixo da terra e ninguém vê.

Em seu favor, se diga que não é fácil arrancar resultado de uma máquina paquidérmica, inchada nos lugares errados e vazia onde precisa. Menos ainda cortar funcionário num sistema em que demitir um office-boy requer processo administrativo complicado e sem efeito.

O maior rombo está de fato na Previdência, que alimenta um insustentável sistema único de saúde onde todo mundo mama, do pobre na fila aos donos de hospitais. E onde nenhum candidato sério teria coragem de dizer que vai cortar e onde.

Sobre os 39 Ministérios, numa máquina podre dessa, tanto faz ter 20 ou 50. Diz mais a problema de gestão do que a gasto. Os mais de 22 mil decantados funcionários de confiança fazem menos mal ao Orçamento, porque correspondem a índice mínimo dele, do que ao aparelhamento perigoso do Estado.

Sua falha mais grave:

Nisso, está o pior e a maior contradição de seu governo. Apesar de sinalizar para um país moderno, aberto à livre iniciativa e aos valores consagrados da democracia, ela tem se mostrado cada vez mais afinada com o partido que adotou na velhice.

O PT desconfia do empresariado, vive propondo mecanismos de substituição do Congresso pela vontade popular e vê com simpatia as invasões dos movimentos sem teto, sem terra, sem casa. Nenhum outro bate como ele nas instituições consagradas desse modo de vida que elegeu o sistema democrático cristão ocidental defendido por ela. A desmoralização do STF é só um dos bons exemplos.

Daí deriva a grande má vontade com ela e seu governo, na imprensa e naquela faixa de 15% que está com Aécio Neves. Como eu já disse em outro artigo, como querer que a imprensa e essa faixa de formadores de opinião goste de seu governo se seu partido ataca tudo o que ela acredita?

Veja o artigo aqui: Por que, como diz Lula, a imprensa não gosta do governo do PT?

E a se perceber sua afinidade e ênfase com a truculência do partido contra Marina Silva, ela vem demonstrando como pode ser tão má como ele. E assustando cada vez mais.

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Arquivado em: MARKETING POLÍTICO, POLÍTICA & PODER Marcados com as tags: eleição 2014, políticos e candidatos

Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

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Comentários

  1. Gerson diz

    14 de setembro de 2014 em 14:42

    Na realidade, fica valendo o que o povão, que nada conhece de política, diz: “Este país não tem jeito”

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