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Ramiro Batista

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Ética de ventilador na farofa projetou Folha como maior jornal do país

21 de fevereiro de 2021 por Ramiro Batista Deixe um comentário

Em 46 de seus 100 anos bem vividos, Folha de S. Paulo adotou o modelo militante que fez de todos culpados e a projetou como maior e mais indispensável jornal do país.

Dos 100 anos bem vividos da Folha de S. Paulo, completados na sexta-feira, pode-se considerar relevantes os últimos 46, contados a partir de 1974.

Começaria ali a reformulação de Cláudio Abramo que lhe tiraria o ranço direitista e provinciano, que fazia dela uma cópia tacanha de seu vetusto concorrente, O Estado de S. Paulo.

Inauguraria seu projeto pluralista de opinião, uma demanda da descompressão do regime militar, na segunda metade da década.

O que viraria sua marca e sua alavanca, expandida por Boris Casoy — depois que o regime militar pediu a cabeça de Abramo — e exagerada por Otávio Frias Filho, a partir de 1984.

O jovem advogado discípulo de Abramo deu a feição militante do jornal contra tudo, desde o engajamento na campanha das Diretas-Já e depois de uma limpa na Redação, em que demitiu todos os veteranos, resistentes a suas mudanças.

Que substituíam os padrões comportados do jornalismo de conhecimento reflexivo por um espécie de farofa no ventilador, contra “tudo isso que está aí”, como se dizia à época.

“A Folha publica tudo o que sabe” era o mote do seu autodenominado jornalismo investigativo, múltiplo e apartidário, mas que redundou numa seção de tiro livre e edição caótica em que todo mundo era culpado até prova em contrário.

Mas que foi determinante para transformá-lo no maior e mais influente jornal do país, desde então e até hoje. Desbancou então do posto o icônico Jornal do Brasil e fez todos os outros comerem poeira, a partir daí.

Aparou suas arestas depois, se equilibrou, ficou mais profissional e, tanto quanto possível, isento. Por conta de sua gênese e de seu envolvimento ainda provinciano com seus amiguinhos da USP, nunca perdeu o ar de militância.

O que lhe dá um viés incontornável de esquerda, ainda que se esforce para ser liberal no sentido econômico do termo e se enquadre no sistema capitalista que lhe sustenta.

Nos últimos tempos, foi acometido dos males de rede social que dilapidaram econômica e politicamente toda a mídia tradicional. 

Atualmente, tem que lutar como no início para ter relevância e sustentabilidade, se diferenciando de um modelo em que o excesso, e não a falta de informação, contribui para o obscurantismo.

Mas se equilibra íntegro e continua sendo de longe o mais investigativo, palpitante, completo e indispensável bastião do mercado de notícias nacional.

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Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

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