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Ramiro Batista

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Gênio da publicidade, Duda Mendonça transformava sapos em príncipes

16 de agosto de 2021 por Ramiro Batista Deixe um comentário

Publicitário revolucionou o marketing político depois da redemocratização, fez seguidores na arte de mascarar a realidade e as contas de campanha

Duda Mendonça, morto precocemente hoje aos 77, acabou se notabilizando como um bruxo capaz de transformar sapos em príncipes e eleger postes.

Revolucionário da publicidade política na aurora da redemocratização, mandou Maluf substituir os óculos de fundo de garrafa, os ternos escuros e o nariz empinado que agravavam sua fama de político mais arrogante e odiado do Brasil.

Elegeu Maluf prefeito de São Paulo, depois o poste Celso Pitta com discurso de negritude, fiasco administrativo absoluto, e depois fez do próprio sapo barbudo (na expressão de Brizola) o príncipe das eleições de 2002.

Deu uma virada na campanha amadora de Lula na TV, que reforçava o estigma de operário grevista que assustava a zelite. Deu-lhe ternos bem cortados, barba e cabelo aparados, dentes melhores do que os do Fernando Henrique Cardoso.

Para dar-lhe um carcaça de administrador que nunca foi, colocou-o circulando entre mesas de um grande escritório, como se fosse o CEO de uma multinacional, coordenando uma equipe de técnicos de alto nível.

Criou o “Lulinha Paz e Amor” e a Carta ao Povo Brasileiro, de credo capitalista e compromisso de continuidade da política liberal do ministro da Fazenda de FHC, Pedro Malan, para desidratar o que restava de medo dos empresários à hipótese de um governo operário socialista.

Depois, dançou a música de todo grande publicitário brasileiro, de ajudar a camuflar as contas de caixa dois das campanhas eleitorais. Guru do também baiano João Santana, de quem se dizia se diferenciar por mais frio, cerebral e impiedoso.

Apareceu de improviso na CPI do Mensalão para confessar o crime que poderia ter cassado o registro do PT, de ter sido pago com dinheiro no exterior.

Voltou a camuflar dinheiro para o PMDB nas eleições de 2014 e virou réu colaborador do petrolão.

No fim da vida, andou filosofando que o grande arrependimento de criadores como ele era usar os dotes que Deus lhe deu para trabalhar para políticos que o decepcionavam depois.

Que devem ter sido quase todos.

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Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

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