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Ramiro Batista

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Três erros de Doria e o problema do excesso em marketing

17 de agosto de 2017 por Ramiro Batista 1 comentário

Três erros de Doria e o problema de excesso em marketing
Doria: excesso de marketagem põe publicidade na frente dos atos e sinaliza pressa e aventura (Foto Divulgação)

Na semana passada, João Doria recebeu uma chuva ovos em Salvador, num cálculo político errado de seus principais opositores no PT. Deram-lhe projeção e a oportunidade que anda procurando de se antagonizar com Lula e as esquerdas que o apoiam.

Fossem mais estratégicos e dispostos ao mesmo tipo de arma política, iriam para a porta de Jair Bolsonaro, o adversário, que tudo indica, é o eleito de Lula para contraponto na eleição 2018.

Como era de se esperar, o prefeito de São Paulo gravou um vídeo na hora para laçar a oportunidade a quente, estabelecer o contraponto numa versão doriana do “nós contra eles”, expandir o discurso com que se coloca como candidato ideal do outro lado do espectro político que quer varrer Lula e o que resta de esquerda.

Poderia ter parado aí, mas achou por bem encomendar 10 mil ovos de uma granja, fazer 5.500 omeletes para moradores de rua e gravou um vídeo de sucesso para ampliar nas redes sociais o que disse em Salvador.

Soou demagógico, claro.

E sugeriu o problema do excesso quando o feiticeiro perde a medida do feitiço. Ou — no que é muito comum e ocorreu com João Santana no segundo turno da campanha de Dilma Rousseff em 2014 — o marketeiro perde o limite da marketagem. Aquele em que o excesso namora com a mentira e o administrador deixa entrever que, mais importante que governar e buscar soluções para seus administrados, é criar fatos. A publicidade antes do ato. O cacarejar antes do ovo.

João Doria nasceu e cresceu como candidato e prefeito de São Paulo expurgando fantasmas reais, num instinto raro para os incômodos coletivos locais e nacionais. E casou muito bem a publicidade com medidas concretas que falavam por si mesmas, como, para ficar num exemplo, a limpeza dos prédios e das ruas. Elas vinham juntas ou depois, nunca antes.

Depois disso, um tanto inebriado pelos resultados de sua aprovação, mordido pela possiblidade de ser o candidato do PSDB sem mancha de corrupção e afoito para aproveitar o pouco tempo que tem para se viabilizar até a convenção do partido, anda atrás de fatos que sequer têm relação com seu trabalho à frente da prefeitura para a qual foi eleito há menos de um ano.

Depois de Salvador, anda sendo visto em capitais no nordeste recebendo ou cavando títulos de cidadania honorária, tentando outra vez expandir a ideia de contraponto a Lula, não por acaso peregrinando nestes dias pela mesma região com objetivos igualmente temerários. São duas caravanas um tanto anacrônicas por forçadas e de eficácia duvidosa.

Quem ainda acredita nisso?

Vejo três erros aí, subprodutos de uma análise equivocada de cenário um tanto amadora para quem fez a campanha vitoriosa de São Paulo:

  1. Sinalizar-se como um aventureiro, num país que tem a má memória de seu maior aventureiro, Fernando Collor de Mello, para uma eleição que, segundo todas as análises de tendência confiáveis, vai confluir para candidatos maduros que emulem estabilidade e conciliação, não confronto.
  2. Escolher o inimigo errado. Perder tempo com Lula e uma esquerda em frangalhos que será importante mas não determinante no próximo pleito. Ou acabar se igualando a ele no que é sua principal vulnerabilidade, o discurso rancoroso de confronto de classes.
  3. Assustar os aliados. Seu jeito afoito que cheira desespero é mortal entre os políticos, sobretudo os que precisa agradar para se viabilizar, a começar de seu padrinho Geraldo Alckmin, que anda fazendo o contrário e construindo devagar o seu cadafalso.

Ver também:




Imposto de campanha

Enquanto os deputados comem por cima, para viabilizar os R$ 3,6 bi de suas campanhas, os sindicalistas comem por baixo para reaver o dinheiro que perderam com o fim do imposto sindical, também para campanhas de seus candidatos.

Estão fechando com o governo uma contribuição substituta do imposto, um pouco pior. Ao invés de 0,33 de um salário (um dia), querem de 3 a 6 por cento parcelados em 12 vezes, um naco mensal e não anual no contracheque.

Como não pode ser obrigatória, estão arranjando um jeito de poder ser cobrada de todos os trabalhadores da base, independente de solicitação individual, desde que aprovada na assembleia da categoria. Por qualquer quorum.

Um escândalo do tamanho ou maior do que o dos deputados. E você paga em cima e embaixo.




Qual partido?

Quanto mais remendam, mais fede o Frankenstein da reforma eleitoral. Rolou hoje até a excrescência de um “distritão misto”, em que os votos dos partidos seriam distribuídos pelos mais votados. Só aumentaria a votação desses.

Delfim Netto tem uma ótima ideia para volta do financiamento privado: limitado a um percentual do lucro líquido e a um só partido. Sim, a empresa teria que mostrar a cara pra qual partido torce e não a lambança atual de dar dinheiro para se aproximar de todos os lados.




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Arquivado em: MARKETING POLÍTICO, POLÍTICA & PODER Marcados com as tags: eleição 2018, políticos e candidatos

Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

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  1. Doria se soma aos 50% da centro direita no plebiscito contra Lula disse:
    21 de dezembro de 2021 às 19:29

    […] a militância ao modo PT de ser passou a tocaiá-lo com chuvas de ovos, fez um vídeo memorável exibindo um ovo com a promessa de que iria fazer omelete para as creches da […]

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