• Skip to main content
  • Pular para sidebar primária
  • Pular Rodapé

Ramiro Batista

Política, Comunicação e Escrita Criativa

  • MEUS ARTIGOS
    • POLÍTICA & PODER
    • MÍDIA e PODER
    • ESCRITA CRIATIVA
  • MEUS LIVROS
  • MEU SITE
  • MEU CONTATO

Dez sacadas sobre o DataFolha em que Lula cresce e Bolsonaro trava

28 de maio de 2022 por Ramiro Batista Deixe um comentário

Pesquisa sugere onda por vitória do petista no primeiro turno e travada de Bolsonaro, mas desconsidera indecisos e está longe dos fatores determinantes de agosto

Do que leio, ouço, interpreto e prevejo a partir da última pesquisa do DataFolha, de quinta-feira, já sem João Doria e a terceira via praticamente restrita a Ciro Gomes e Simone Tebet:

1 – Com 48% das indicações contra 27% de Bolsonaro, Lula já tem a maioria dos votos válidos para ganhar no primeiro turno, mantidas as condições de hoje: as mesmas aspirações, os mesmos medos, os mesmos arranjos eleitorais, o mesmo espírito do tempo (zeitgeist, como dizem os alemães). O que é um sonho.

2 – Considerando que 75% dos eleitores de Lula e de Bolsonaro dizem que não mudam seu voto, significa que Lula tem cerca de 36% e Bolsonaro 20% garantidos. Considerada a soma de 56% dos dois,  restariam 44% de eleitores indefinidos. Os estatísticos e os políticos tarimbados trabalham com a faixa de 33%, considerando também que há quem não mude voto já decidido nos outros candidatos, de Ciro a Janones, de Simone a Marçal. 

3 – Há uma ligeira onda para resolver a eleição no primeiro turno, provocada pela campanha de Lula e dos sustos das crises provocadas por Bolsonaro. Esse golpe só faria sentido no segundo turno, já que ele não iria contestar a eleição de correligionários e familiares, candidatos a governador, a senador e a deputado. 

4 – Piorou o clima para Bolsonaro, diante das crises que produz diariamente, mas principalmente pela situação da economia, que parou de melhorar e não apresenta qualquer perspectiva de melhora em médio prazo. O Auxílio Brasil e suas medidas para tentar reduzir o preço dos combustíveis não tiveram e não sinalizam ter efeito a curto prazo. 

5. Como todas as pesquisas, que traduzem o clima da hora, essa está longe de fatores de alto impacto que a ansiedade atual ajuda a ignorar: as entrevistas individuais e de alto impacto no Jornal Nacional, previstas para a primeira quinzena de agosto, e o horário eleitoral que começa em seguida, de que trato melhor neste vídeo.

6 – Lula deve usar o horário para rememorar o fiasco do combate de Bolsonaro à pandemia e clamar por um clima de paz diante de suas tentações golpistas. Bolsonaro vai mostrar obras, que sempre tiveram efeito importante no horário eleitoral das candidaturas à reeleição, e tentar desmontar o adversário com as denúncias de corrupção reveladas pela Lava Jato e suas companhias, o MST e o MTST, sobretudo. 

7 – Ciro Gomes e Simone Tebet, com 7% e 2% nessa pesquisa, respectivamente, não devem subir e furar a polarização até lá. Seus impactos em rede nacional vão depender da perspectiva um tanto quanto implausível de Bolsonaro estar em queda livre e provocando uma onda migratória de fisiológicos e indecisos para alguma alternativa.

8 – Fora a comunicação, também pesa a favor de Lula e Bolsonaro as alianças e articulações, que deixam, a depender só delas, o jogo equilibrado. Lula arrebenta no nordeste, onde ampliou sua vantagem para 61% a 17% nesta pesquisa, que compensa a força de Bolsonaro nos estados do sul, centro oeste e norte. A disputa continuará se dando no sudeste, onde trabalham por palanques duplos, triplos ou fortes. 

9 – Lula tem palanque precário no Rio, com Marcelo Freixo, e melhor em Minas, com Alexandre Kalil. Vai tentar tirar a diferença com o palanque triplo (Fernando Haddad, Márcio França e parte do PSDB de Alckmin) em São Paulo, onde o PT não ganha há décadas. Bolsonaro só tem Tarcísio de Freitas lá, mas está em situação muito melhor em dois palanques fortes no Rio (Cláudio Castro e Marcelo Crivella) e dois em Minas (Romeu Zema e Carlos Viana). Não desconsiderar o apoio de Marcus Pestana (PSDB), no segundo turno.

10 – Ciro e Simone não têm qualquer articulação importante, fora de seus partidos. O PDT de Ciro Gomes tem pouca relevância nacional. O MDB de Simone é o maior partido do país, em representação e capilaridade, mas está marcadamente dividido entre Lula, no nordeste, e Bolsonaro na maior parte do restante do país. Como os candidatos anteriores, pode ser cristianizada, se conseguir, pelo menos, ser confirmada na convenção.

No resumo da ópera, Bolsonaro e Lula dependem menos da capacidade de mostrar o que podem fazer, mas de destruir o outro e ao mesmo tempo afastar os medos que ambos representam. Acenar com algum clima de paz, de que o país está precisando.

Ciro e Simone, de ganharem espaço entre os dois, às custas de comunicação, e da sorte, muita sorte, de se tornarem ondas como ocorreu em eleições passadas, em que a centro-direita foi trocando de candidato à última hora para enfrentar o PT. 

A situação de Ciro ainda é mais difícil. Não só porque seu perfil truculento e bipolar gera insegurança, mas por ter um discurso de esquerda que assusta a direita que ele precisará conquistar se quiser substituir Bolsonaro. Substituir Lula, esquece.

> Veja o vídeo com mais detalhes sobre essas dez sacadas:

> Publicado no Estado de Minas, em 28/5/2022

Posts relacionados

  • Novo ET dos debates e estratégia que pode provocar segundo turnoNovo ET dos debates e estratégia que pode provocar segundo turno
  • Bolsonaro tenta à última hora e em vão mudar DNA de encrenqueiroBolsonaro tenta à última hora e em vão mudar DNA de encrenqueiro
  • Treze sacadas do panorama eleitoral a partir da onda de violência política Treze sacadas do panorama eleitoral a partir da onda de violência política 
  • O fator sudeste para Bolsonaro e a ideia de coesão ainda viva da rainha morta O fator sudeste para Bolsonaro e a ideia de coesão ainda viva da rainha morta 
  • Terceira via respira e pode ajudar empurrar eleição para segundo turnoTerceira via respira e pode ajudar empurrar eleição para segundo turno
  • Simone aparece e cresce com firmeza e visão de professora e mãe no JNSimone aparece e cresce com firmeza e visão de professora e mãe no JN

Arquivado em: MARKETING, POLÍTICA & PODER Marcados com as tags: campanhas eleitorais, discurso político, eleição 2022, marketing político, políticos e candidatos

Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

Reader Interactions

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sidebar primária

MAIS LIDOS

Gigante bobo e atrasado, Brasil deveria ter sido dividido em quatro

A Mente Moralista e sete desvantagens do discurso ideológico de Lula

Olavo de Carvalho de saias e à esquerda, Rita Von Hunty é estupenda

Comunicação ficou mais importante que arma e dinheiro para tomar o poder

Militância de direita se consolida e é principal adversário de Lula

Patrono da militância, Freire pode ter inspirado o anti senso crítico

Oratória e mente de Messias explicam poder hipnótico de Hitler

VEJA ARTIGOS DESDE 2010

MEU CANAL NO YOUTUBE

https://www.youtube.com/watch?v=UrQE4D29N3A

VEJA MAIS POSTS EM:

 Facebook Twitter LinkedIn Instagram

Footer

  • ESTE SITE
  • POLÍTICA DE PRIVACIDADE
  • LOJA DE LIVROS
  • MEU CONTATO

Copyright @ 2010-2020 - Ramiro Batista.