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Ramiro Batista

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Alguns sinais de que Dilma pode estar virando o jogo no Congresso

24 de setembro de 2015 por Ramiro Batista Deixe um comentário

Foto Fábio Possebom / EBC
Conselho político mais heterogêneo e jogada esperta de colocar Michel Temer na articulação ajudaram a retomar controle político (Foto EBC)

A virada de Dilma sobre o Congresso, conseguindo manter a maioria dos seus vetos depois de uma série de derrotas, é sinal de que está dando certo a sua dança de acasalamento com o inimigo Eduardo Cunha, com quem se reuniu e almoçou depois, e os políticos do Congresso.

Tanto que o programa de televisão do PMDB, que se armava para ser contundente e demarcar seu distanciamento do governo, saiu manso.

Frases pesadas de Ulysses Guimarães na promulgação da Constituição — “Não roubar, não deixar roubar, mandar prender quem rouba“ — foram cortadas na edição final.

Quando alguém reclamou com os dirigentes sobre a censura, como conta Jorge Bastos Moreno em O Globo, ouviu:

– É, mas o doutor Ulysses também dizia que não se deve fazer piquenique na cratera do vulcão.

Até o PSDB, que até torce para a presidente aguentar o tranco até 2018, embora sangrando, fez luva de pelica de seu programa de TV.

Elegante, elegantíssimo aliás, naquele jeito meio lorde de colarinhos e gravatas perfeitas, com um discurso todo cuidadoso de quem não quer briga com ninguém.

Num país apodrecido de corrupção, desvios, colapso fiscal, contas de campanha criminosas, saúde, educação e segurança depauperadas, que dariam um excelente programa-reportagem, os quatro líderes do principal partido de oposição — Aécio Neves, FHC, Geraldo Alkimin e José Serra — apareceram como quatro lordes falando platitudes elegantes que nada acrescentam ao que se lê nas manchetes.

O melhor sinal de que ela está no caminho certo, porém, me parece o fato de Lula ter aparecido para ajudar, depois de uma temporada anônimo.

Não que ele faça alguma diferença a essa altura, mas porque, como dizem os jovens, só vai na boa.

Qual é a boa?

Que Dilma está fazendo tudo certo dentro do figurino de Brasília: ao invés de terceirizar a articulação, está conversando pessoalmente com todo mundo, governadores, líderes e até aqueles que querem só uma foto com a presidente para mandar para o jornalzinho do interior. São baratinhos.

Quando ela erra, ele some. Quando começa a acertar, aparece para passar a impressão de que é ele que está resolvendo as coisas. Ou está vendo que qualquer solução que vem por aí é boa para ele e não pega bem parecer que jogou contra a afilhada e seu pacote. Coisa de político e mentor que não deixa o pupilo crescer.

Ainda é cedo para se dizer, mas ela pode ter enfim compreendido que os técnicos e guerrilheiros que já passaram pela articulação política na Casa Civil – José Dirceu, Erenice Guerra, Ideli Salvari, Gleisi Hoffman, Aloizio Mercadante ou mesmo ela – têm em geral o messianismo de estarem certos. Só que em política bem sucedida, o negócio é admitir que o outro está certo ou fazer de conta que ele está certo ou até mesmo convencê-lo de que está certo.

Poder não é mandar, mas seduzir o outro a fazer o que você quer.

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Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

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