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Ramiro Batista

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Grampo mostra que acordão de Renan era parlamentarismo branco com Lula

25 de maio de 2016 por Ramiro Batista 1 comentário

Grampo mostra que acordão de Renan era parlamentarismo com Lula
Lula foi em março a Brasília obter de quem manda consenso sobre a possibilidade de ser ministro num parlamentarismo branco (Foto Jane de Araújo / Agência Senado)

Cada um faz o acordão que está a seu alcance.

O de Romero Jucá que a gravação de suas conversas com Sérgio Machado revelou na segunda-feira passava pelo impeachment de Dilma.

Só sua saída, segundo se infere do divulgado, estancaria a pressão que tornaria possível restabelecer pontes, inclusive com o Judiciário, que fossem boas para todo mundo.

O do presidente do Senado, Renan Calheiros, segundo o que se depreende dos trechos de suas conversas gravadas também em março pelo mesmo Sérgio e divulgadas hoje pela Folha de S. Paulo, era o parlamentarismo branco com Lula na chefia da Casa Civil.

A manobra para torná-lo ministro e livrá-lo do foro privilegiado, que fez água depois de umas dezenas de ações populares e o vazamento de seus telefonemas comprometedores por Sérgio Moro, era tida até ontem como iniciativa no âmbito dos amigos mais próximos, a presidente Dilma incluída.

As conversas de Renan dão a entender que Lula, cobra criada e até então reticente a aceitá-la, só embarcou nela depois de obter certo consenso de quem manda de fato em Brasília. Esteve algumas vezes, nas vésperas da ação desastrada, com Renan e Sarney, como registrou fartamente a imprensa.

Plebiscito e parlamentarismo

A certa altura, Machado diz que o ideal para todo mundo seria a presidente pedir licença:

— Ela continuar presidente, o Michel assumiria e garantiria ela e o Lula, fazia um grande acordo. Ela tem três saídas: licença, renúncia ou impeachment. E vai ser rápido. A mais segura para ela é pedir licença e continuar presidente. Se ela continuar presidente, o Michel não é um sacana…

Ao que Renan corta:

— A melhor solução para ela é um acordo que a turma topa. Não com ela. A negociação é botar, é fazer o parlamentarismo e fazer o plebiscito, se o Supremo permitir, daqui a três anos. Aí prepara a eleição, mantém a eleição, presidente com nova…

— E o Lula, como foi a conversa com o Lula? — pergunta Machado.

— O Lula está consciente, o Lula disse, acha que a qualquer momento pode ser preso. Acho até que ele sabia desse pedido de prisão lá…

— E ele estava, está disposto a assumir o governo?

— Aí eu defendi, me perguntou, me chamou num canto. Eu acho que essa hipótese, eu disse a ele, tem que ser guardada, não pode falar nisso. Porque se houver um quadro, que é pior que há, de radicalização institucional, e ela resolva ficar, para guerra…

— Ela não tem força, Renan.

— Mas aí, nesse caso, ela tem que se ancorar nele. Que é para ir para lá e montar um governo.

Renúncia, renúncia e repercussão

Era o melhor caminho, diante da conhecida resistência da presidente em renunciar e de uma conversa que ele havia tido com ela naqueles dias.

— Primeiro cenário, a coisa da renúncia. Aí ela, aí quando ela foi falar, eu disse, ‘não fale não, pelo que conheço, a senhora prefere morrer’. (…) Nessa crise toda, estavam dizendo que ela estava abatida, ela não está abatida, ela tem uma bravura pessoal que é uma coisa inacreditável.

Essa transição seria possível negociar com os ministros do STF, desde que com outros atores e não ela:

—Não negociam porque todos estão p* com ela.

E excluiria da equação Michel Temer, com quem Renan nunca teve boa vontade e menos então diante de sua aproximação com Eduardo Cunha:

— Michel, eu disse pra ele, tem que sumir, rapaz. Nós estamos apoiando ele, porque não é interessante brigar. Mas ele errou muito, negócio de Eduardo Cunha… O Jáder me reclamou aqui, ele foi lá na casa dele e ele estava lá o Eduardo Cunha. Aí o Jáder disse, ‘p*, também é demais, né’.

O objetivo ao final era o mesmo: um grande arranjo que afastasse Dilma do comando e aliviasse a pressão para que as pontes e o diálogo fossem restabelecidos.

Tecnicamente, duas medidas já poderiam ser tomadas para aliviar a barra dos envolvidos na operação Lava Jato: o STF revogar sua decisão de não aceitar recursos depois de condenação em segunda instância e reforma na lei para proibir delação premiada de réu quando preso.

Era, como se vê, um acordão mais inteligente, mais concatenado e menos traumático, que, como não deu certo, sua denúncia não deve ter tanta repercussão quando o das conversas de Jucá, reveladas na segunda-feira.

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Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

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Comentários

  1. H diz

    30 de maio de 2016 em 11:45

    A política no Brasil me lembra “Ensaio sobre a lucidez” de José Saramago. Como são frágeis nossas instituições e nosso sistema politico! Os jogos pessoais dos políticos fazem tremer seus alicerces. Coisa de louco!.

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