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Ramiro Batista

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Nomeações de Bolsonaro testam articulação política sem políticos

26 de novembro de 2018 por Ramiro Batista Deixe um comentário

Nomeações de Bolsonaro tenta articulação política sem políticos
Modelo de chefia de gabinete forte com três militares amigos para o Palácio fecha o arco das nomeações políticas sem político de Bolsonaro (fotos Marcelo Camargo / Agência Brasil)

As nomeações do presidente eleito Jair Bolsonaro para seu Ministério passam longe do modelo que se consolidou desde os anos 50 de Getúlio Vargas, de submeter o governo aos partidos majoritários no Congresso.

Só Jânio Quadros, que renunciou sete meses depois de empossado, e Fernando Collor de Mello, defenestrado por impeachment dois anos depois, ousaram desafiar o método.

No seu caso, ignorou os caciques partidários, priorizou indicações das bancadas temáticas que se sobrepõem aos partidos (boi/agricultura, bala/segurança e bíblia/evangélicos) e ouviu mais os filhos e ídolos (o filósofo Olavo de Carvalho) que lideranças tradicionais.

Ainda puxou para perto no Palácio a patota militar que, por  tradição, torce bem o nariz para a classe que frequenta o outro lado da Praça dos Três Poderes.

Para susto geral na Esplanada hoje, nomeou para a Secretaria Geral da Presidência o general amigo de décadas, Carlos Alberto dos Santos Cruz, comandante da bem sucedida missão de paz no Haiti. A pasta tem entre suas funções da Casa Civil de Onyx Lorenzoni, de articulação política com o Congresso.

Articulação política militar

Não tem perigo de dar certo, estimam os analistas políticos, também de nariz torcido.

Na conta catastrófica estaria como sempre a fatura do centrão, o grosso de parlamentares que vivem de verbas e cargos para ostentar poder em seus currais eleitorais.

Esse gado sempre foi e continua dominado pelos caciques ladinos que conhecem bem suas aspirações e com os quais o presidente não parece não ter interesse ou habilidade de negociar. Renan Calheiros, candidato à presidência do Senado, é o primeiro. Rodrigo Maia, quase eleito presidente da Câmara, o segundo.

Para agravar, numa outra conta que não fecha, Bolsonaro conversa com Rodrigo Maia, mas atende o seu já chefe da Casa Civil Onyx Lorenzoni, a quem entregou três ministérios importantes. Que Rodrigo Maia não reconhece como seus e nem como fatura a quitar quando presidente, em fevereiro.

Mas é preciso colocar nessa conta que há bons indicativos de que o mundo mudou na eleição que devastou a classe política tal como é conhecida e que há uma avalanche de deputados novos por tomar posse. O próprio presidente eleito é produto dessa revolução e dessa era em que um deputado do baixo clero com 1% nas pesquisas e R$ 3 milhões no bolso, sem partidos e sem TV, pode dar uma lavada geral no establishment político.



Nomeação de um chefe de gabinete

Também que o deputado Jair Bolsonaro de sete mandatos não é um neófito em Congresso. Deve estar colocando na sua equação que o contingente das bancadas temáticas que suas nomeações para o Ministério acabam de arrastar é maior e mais fiel do que as tradicionais.

E que, embora não visível, tem uma estratégia de administração que faz sentido em sua cabeça. Depois de se trazer para perto seus generais mais queridos e mais brilhantes, Mourão na vice e Augusto Heleno no Gabinete Militar, fecha o arco com sua nomeação de hoje.

Deve ser resposta a um desejo seu de ter um chefe de gabinete ao modo de Donald Trump, outro de seus ídolos. O modelo norte-americano, em que esse quase guarda-costas cerca, filtra, encaminha e ajuda a resolver os problemas do governo, já foi elogiado por ele.

No seu caso, terá nele, mais Mourão e Heleno, três chefes de gabinete. Onyx Lorenzoni, de quem os três desconfiam, se vira com a turma do outro lado da praça. Mas debaixo de seus olhos.



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Arquivado em: MARKETING POLÍTICO, POLÍTICA & PODER Marcados com as tags: governo bolsonaro, políticos e candidatos

Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

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