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Ramiro Batista

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Nem de direita, nem de esquerda, mundo da era Trump é tribal

10 de novembro de 2016 por Ramiro Batista 1 comentário

Nem de direita e nem de esquerda, mundo da era Trum é tribal
Reação a globalização e necessidade de conexão com iguais, cria tribos de interesses e valores contra corporações e políticos (Foto GraphicStock)

Houve uma maioria branca de classe média baixa que votou em Donald Trump, mas também ruralistas, trabalhadores de fábrica, pequenos empreendedores, investidores de Wall Street, imigrantes mais antigos, protestantes, mulheres, jovens e velhos, independente se brancos, pardos, negros e amarelos.

A divisão mais razoável a ser feita é a que nicho pertencem, a que ramo do setor produtivo ou de crença estão os que se julgam prejudicados pela ordem vigente que, a pretexto de globalizar o tráfego de produtos e pessoas, desestruturou a segurança dentro de casa.

Há uma forte reação no mundo todo contra a globalização, já prevista em mundo livro bom, caracterizada pela tendência de se apegar a valores e relações locais, traduzida e fortalecida pelo narcisismo elevado a quinta potência das redes socais.

  1. No inovador Marketing 3.0, Philip Kotler diz que essa época de grandes oportunidades é também de angústia, contradições e insegurança, de busca por continuidade, conexão e direção. As pessoas têm mais confiança nos relacionamentos horizontais que verticais, confiam mais nos amigos e na propaganda boca a boca, mais em estranhos que nas corporações. > Leia meu artigo sobre isso>>>
  2. Em O Mundo é Plano, Thomas Friedman mostrou que é possível a uma jovem empreendedora do Texas encomendar um desenho de roupa na Itália, mandar confeccionar na China e bordar em Israel, transportar por uma empresa do Canadá e contratar telemarketing na Índia.
  3. Em A Cauda Longa, Chris Anderson ensinou como há um mundo cada vez mais segmentado onde é possível produzir e acessar todo tipo de gueto, de conhecimento ou de produtos. Sem depender das grandes corporações. > Leia meu artigo sobre isso>>>

E, cada vez menos, claro, nos políticos.



Elite intelectual

As pessoas fortalecem seus laços com o vizinho e os desconhecidos que lhe dão mais likes e confirmam suas crenças, rejeitando cada vez mais a divergência e o contraditório. A população acima de 11 anos que tem celular na mão, que não é mais a elite endinheirada, debate sobre tudo, forma sua opinião no WhatsApp e não tem a menor ideia do que seja Direita ou Esquerda, senão sinais de trânsito.

É um mundo de interesses, onde há consumidores e não cidadãos que queiram fazer a revolução e derrubar governos. Substitui o velho mundo polarizado da Guerra Fria que delimitou os termos que viriam a designar e opor conservadores e progressistas, reacionários e revolucionários, liberais e intervencionistas, democratas e republicanos.

Há, claro, um pano de fundo que caracteriza as  tendências de um lado e outro, nítido nas preferências bem consolidadas nos Estados Unidos pelos partidos Republicano ou Democrata, ou, na Inglaterra, pelo Conservador ou Trabalhista. Mas tendem a ser cada vez mais a soma das partes, dos nichos, que podem mudar de lugar a qualquer hora.

Republicanos ou democratas clássicos, conservador ou trabalhista, como direitistas e esquerdistas, são cada vez mais figuras em extinção, de uma geração presa ao passado. Seus partidos continuarão existindo como repositório do conjunto de reivindicação da soma de vários nichos.

Neles, podem caber, dependendo das circunstâncias, o ruralista do Texas ou o pequeno empreendedor de Boston, o operário de fábrica na Alemanha ou o refugiado que desembarca da África, a dona de casa da periferia de Belo Horizonte ou o policial do Rio de Janeiro.

Por serem tão fortes e por razões históricas terem demarcado tão bem duas partes e visões de mundo, Direita e Esquerda devem continuar por longo tempo designando as ideias respectivas de conservação e mudança. Mesmo que representem, cada vez mais, um conjunto difuso da soma de interesses dos guetos e nichos, ora mais de uns que de outros.

Mas só na cabeça da elite intelectual que ainda se arvora a pensadora do mundo. Até porque ela, como Direita e Esquerda, a qual pertenço, também se torna cada vez mais coisa do passado.




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Arquivado em: CULTURA & COMPORTAMENTO, POLÍTICA & PODER Marcados com as tags: eleição 2016, políticos e candidatos

Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

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Comentários

  1. Tutameia diz

    10 de novembro de 2016 em 10:33

    o principal motivo da estranheza da mida em relação à eleição do TRUMP no EUA, entre outros, é que, eles nunca tinham visto um politico que diz o que pensa…isso é totalmente inconcebível para a imprensa, cevada na mentira e na distorção.

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