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Ramiro Batista

Política, Comunicação e Escrita Criativa

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João Leite e Kalil vão testar o tamanho da rejeição aos políticos

13 de outubro de 2016 por Ramiro Batista 7 Comentários

João Leite e Kalil vão testar o tamanho da rejeição aos políticos
Leite e Kalil: político e empresário no laboratório de teste da rejeição a políticos (Fotos Divulgação)

Alexandre Kalil se tornou a principal novidade da eleição à prefeitura de Belo Horizonte cavalgando o discurso de rejeição total aos políticos, suas alianças e suas engrenagens partidárias que acabam aparelhando e inchando a máquina pública.

Precisou de apenas 23 segundos de TV, onde, como ele próprio disse, não dava nem para falar o nome completo. Um feito e tanto desde que Enéas Carneiro virou febre na eleição de 1989 utilizando a maior parte de seus 15 segundos para gritar seu bordão: “Meu nome é Enéas”.

E dá o tamanho da rejeição à classe política, depois que a Lava Jato acabou com o PT, mas deixou a sugestão de que não há um político que não tenha se financiado com arranjos suspeitos para financiar campanha. Tanto que o discurso anti corrupção, top nas eleições anteriores, não fez o menor sucesso no primeiro turno.

Tal é o tamanho da  rejeição que o eleitorado não se percebe na contradição de rejeitar político e premiar neófitos em política como João Dória em São Paulo e Kalil em Belo Horizonte. Apenas cinco meses depois que um processo de impeachment mostrou o retundo fracasso da maior das neófitas, Dilma Rousseff, cuja inabilidade para tocar a máquina pública e compor com a classe política levou o país para o buraco.

Como na Lava Jato, há um clima geral de faxina e uma tentação para fazer pacto com o diabo mas não com os políticos.

O que explica em parte a frustração carioca com o segundo turno das eleições no Rio, onde o eleitorado terá que ir às urnas escolher entre um político e outro político. A tentação de dar a vitória ao bispo Marcelo Crivella, segundo as pesquisas, se explica menos por seus méritos do que pelo que ele encarna de alternativa à maior das rejeições, a linhagem de esquerda e viés petista de Marcelo Freixo.

(Há um condimento significativo aí, de preconceito com evangélicos, de que não pretendo tratar aqui.)

Opinião pública

É bom ou ruim?

Minha experiência e a história recente me ensinam que não se toca nada na administração pública sem jogo de cintura. É um terreno minado em que se produz resultados por convencimento e concessão e não por canetada, voluntarismo e moralismo empresarial.

Mande-se um médico da prefeitura bater ponto e trabalhar oito horas, e ele dará uma solene banana para o administrador. Diga-se a um guarda municipal que vai parar de lhe pagar horas extras, ele vai cabular no serviço e não se poderá demiti-lo sem um processo longo. Informe-se aos vereadores que não atenderá as prioridades regionais deles, ainda que discutíveis, e não se conseguirá aprovar na Câmara Municipal projeto para trocar uma lâmpada.

Donde que o clima é ruim para João Leite, um político de carreira correto que achou que estava fazendo tudo certo quando posou com Aécio Neves no dia da votação do primeiro turno e correu para anunciar alianças com os outros partidos, como antes se fazia. Só depois, temendo a má repercussão, desdenhou do apoio do prefeito Márcio Lacerda e de seu vice, político, Délio Malheiros.

O resultado do Datafolha de ontem a seu favor, com uma diferença curta (36% a 29%), não premiou esse cordão de apoio, sinalizou maior crescimento de Kalil e dá a dimensão de seu problema com a opinião pública. Uma sensação de que, três tentativas depois de tentar ser prefeito e governador, pode ser o homem certo na hora errada.

E não tão bom para Kalil. Há uma forte curiosidade em torno dele e igual rejeição em certos níveis a seu jeito meio bugre de ser, que pode ser confundido com aventureirismo e maus presságios sobre os métodos empresariais . Seu êxito na direção do Atlético não tem sido suficiente para suplantar certa desconfiança de sua competência na gestão de empresas e de sua vida pessoal, dadas suas concordatas e seus impostos não pagos.

Vai depender dos 35% que não sabem se vão comparecer às urnas, votar branco ou nulo, ampliar e revelar o tamanho da rejeição a um ou outro.

Desse laboratório, vai sair parte da resposta sobre até que ponto precisamos de empresários ou políticos na administração pública.

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Arquivado em: MARKETING POLÍTICO, POLÍTICA & PODER Marcados com as tags: eleição 2016, políticos e candidatos

Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

Reader Interactions

Comentários

  1. Rodrigo Soares diz

    14 de outubro de 2016 em 16:03

    Marcos Pimenta, o caso do Anastazia foi arquivado igual o helicóptero de cocaína? Igual os aeroportos do Aécio? Igual a lista de furnas? Igual a demissão em serie de repórteres do estado de Minas Gerais? Igual a fazenda não declarada do Zezé Perrela de 60 milhões? Estranho não acha não?

  2. Marcelo Quintão diz

    13 de outubro de 2016 em 11:49

    O sistema eleitoral é cheio de vícios que parecem ser feitos de propósito para dificultar a vida do eleitor e facilitar a dos que se especializam cada vez mais em usurpar impunemente o poder público. Tudo começa com as coligações feitas ANTES que o eleitor se manifeste. Segue-se com a campanha, onde a grande moeda de negociação é o tempo de propaganda, em detrimento das propostas e compromissos que os partidos e candidatos têm que ter com o eleitor. Este quesito é jogado para escanteio definitivamente no modo de se realizar a campanha, que impede a todo custo o verdadeiro debate e os nomes são passados para a população sem o menor aprofundamento de qualquer questão. Tudo calculado previamente, para terminar na articulação do segundo turno, Sobre o grande pilar (absurdo) da obrigatoriedade do voto.

  3. MARIA DO SOCORRO MAIA diz

    13 de outubro de 2016 em 10:38

    Essa políticos estilo João Leite CIA Limitada, o povo brasileiro já não suporta pagar mais imposto e não reveter os mesmos para o básico como: EDUCAÇÃO, SAÚDE e outros.
    João Leite em seus debates fala muito bem em ter um bom relacionamento com os deputados estaduais federais e senadores como se esses políticos estivessem fazendo favor em fazer algo para polução. Senhor deputado João Leite, quem paga esses salários enormes para vocês somos nós, e exigimos o nosso direito de viver com um mais dignidade.
    Então meu voto com certeza será de Kalil, e lembrando que em São Paulo o candidato Celso Russomanno estava liderando as pesquisas. E viu quem ganhou?

  4. Marcos Pimenta diz

    13 de outubro de 2016 em 10:29

    De fato é um tal de “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. Não há escapatória. Nossa política realmente é nefasta, detestável e eivada de cinismo. Entretanto, governar sem ela diante do status quo a que todos os níveis de governo estão inseridos, impossível, embora pareça fascinante e ideal. Em SP, com João Doria as chances são melhores do que em BH com Kalil. O primeiro é homem de comunicação e sabe ter um cento jogo de cintura e sempre repete que respeita os políticos. É a forma que ele encontrou de deixar a porta aberta. Já o nosso…
    Agora esse nosso amigo aí (Rodrigo) faz comentários gratuitos e nitidamente partidaristas, chegando a citar propina de Antonio Anastasia que já é caso superado, uma vez que nada provado e teve o processo arquivado, segundo me consta.

  5. Cristiano Marques diz

    13 de outubro de 2016 em 10:27

    João Leite bem que tentou mas não consegue mudar o tom de voz e continua bonzinho piegas com aquele olhar no futuro que lembra Nossa Senhora.
    Já Kalil pode dar uma de Trump e morrer pela boca.
    Acho que dá Kalil.

  6. Antialergicos diz

    13 de outubro de 2016 em 10:25

    Estamos para escolher o menos pior, como tem sido corriqueiro em nossas eleições à muito tempo. Quando se tem de escolher entre João Leite e Kalil em BH, entre Pimentel e Pimenta para o estado, e entre todos aqueles candidatos à presidente da republica das últimas 3 eleições, sempre vêm à mente a pergunta: são estes candidatos a elite de Belo Horizonte, os melhores de Minas, e os mais selecionados e celebres seres humanos que poderiam governar nosso país? É risível dizer que, se eu tivesse uma quitanda, uma padaria ou açougue e precise de um administrador, quase nenhum deles mereceria o cargo. Acho que, por méritos, Dória mereceu sim a vitória esmagadora em SP e acho que, apenas por falta de opção e talvez por curiosidade mesmo e pelos eleitores atleticanos é que Kalil está no segundo turno. Ainda se vota em nomes conhecidos, palhaços, radialistas e “famosos” ligados ao futebol para administrar nosso país. O futuro não pode ser outro diferente de nossa realidade atual: um país rico, porém miseravelmente assaltado e uma população cada vez mais esquecida e perdida.

  7. Rodrigo Soares diz

    13 de outubro de 2016 em 10:04

    “Donde que o clima é ruim para João Leite, um político de carreira correto´´
    O cara recebeu 150mil de propinas de furnas
    O cara é reconhecidamente defensor de bandido
    O cara faz churrasco na penitenciaria de neves pra festejar morte de policial
    O cara não sabe falar por si se não atacar com a moda de PT
    Troca de partido igual se troca de roupa, com o que melhor lhe convém
    E tem apoio de Aécio que nem precisa comentar
    Anastazia que recebeu 1 milhão da Odebrecht

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