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Ramiro Batista

Política, Comunicação e Escrita Criativa

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Relapso com a lei, Lula cairá, como Dilma e Cunha, pelo conjunto da obra

15 de setembro de 2016 por Ramiro Batista 9 Comentários

Relapso com a lei,
Lula: “Se a gente for olhar lei, não faz nada” (Foto EBC)

Lula foi apanhado em dois momentos cruciais de sua história dizendo que lei não era para ser cumprida.

— Se a gente for fazer só o que a lei permite, não vai dar pra fazer nada — disse mais de uma vez em 1976, quando começou a liderar greves no ABC e a falar mal dos governos militares e foi advertido de que poderia ser enquadrado nas Leis de Imprensa e de Greve. — Não vou ficar estudando Lei de Imprensa nenhuma. Prefiro nem conhecer essa tal Lei de Greve.

No início de seu governo, quando o presidente da Petrobras José Eduardo Dutra opôs resistência a nomear o diretor Paulo Roberto Costa a pedido do PP, no argumento de que não era tradição da empresa trocar diretor sem ouvir o Conselho de Administração, ele:

— Se a gente for pensar em tradição, nem você era presidente da Petrobras e nem eu era presidente da República.

Nossos políticos em geral, porque são brasileiros, acham que lei não é para ser respeitada ao pé da letra. Ficou famosa a frase atribuída a Getúlio Vargas (anos 50, hein?) de que Constituição é como virgem: existe para ser estuprada. Só que tentavam mudá-la antes de desrepeitá-la.

Em Lula, essa relativização combinada com seu sindicalismo de resultados, deu numa confusão entre público e privado que está na origem de muitos dos escândalos de seu governo.

O primeiro e mais emblemático, tão grave quando destruir a Petrobras, foi quando não atribuiu relevância ao fato de dona Marisa ter cavado um canteiro de flores vermelhas no formato da estrela do PT nos jardins do Alvorada, tombados pelo patrimônio histórico. Daí a deixar que empreiteiros com interesses no governo patrocinassem empresas de seus filhos, foi um passo.

O que dá sentido à coletiva de ontem em que o chefe dos procuradores da Lava Jato, Deltan Dallagnol, comunicou a denúncia que o coloca no topo da linha de comando dos dois maiores, o Mensalão e o Petrolão.

Discurso e provas

Em que pese o tom do discurso político que vai custar caro ao jovem e um tanto voluntarista procurador, há todo um conjunto da obra que faz sentido desde que o ex-presidente:

  1. se intrometeu nas negociações para dar diretorias da Petrobras aos partidos,
  2. sentou com diretores da empresa e políticos para mediar conflitos de distribuição de propinas,
  3. usou amigos e aliados hoje presos em Curitiba para resolver com dinheiro ou pressão legítimas ou suspeitas pendengas de seu partido, de suas campanhas eleitorais e de seus processos na Justiça.

Problema é transformá-lo num conjunto de provas.

O que há, por enquanto, é o triplex do Guarujá, o sitio de Atibaia, a guarda de seus presentes, suas palestras e outras graças recebidas de empreiteiras envolvidas em contratos suspeitos com a Petrobras. Explicáveis até certo ponto, mas cheios de rastros que seu pouco apreço pela letra da lei e suas alianças de resultados deixaram pelo caminho.

Leia os artigos:

  • Três razões por que a ação do triplex incomoda mais Lula
  • Por que Lula não comprou e pagou o triplex?
  • Sete teses e cinco deduções para Lula ter aceito as reformas no sítio

É o que os jovens e animados procuradores têm para seguir. Como no caso das pedaladas fiscais de Dilma Rousseff ou da mentira contada em CPI por Eduardo Cunha sobre suas contas no exterior, é com a firula contábil que terão que se haver.

E escreverão certo por linhas tortas. Todos saberão que, como Dilma e Cunha, Lula não estará caindo pelo triplex, pelo sítio ou pelas palestras, mas pelo conjunto que a lei não consegue atingir.

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Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

Reader Interactions

Comentários

  1. cloves diz

    18 de setembro de 2016 em 22:11

    Uma revisão ortográfica no texto, antes de publicá-lo, faria um bem enorme aos olhos dos leitores e para a alma do boa e velha Língua Portuguesa.
    “É eles que os jovens e animados procuradores vão seguir.” Doeu ao ler

  2. Fernanda Gavea diz

    18 de setembro de 2016 em 18:27

    Você virou vidente? Deixe de ser imbecil. O UAI tinha de rever esses blogueiros. Tirando uma meia dúzia, o resto é lixo.

  3. João Quadros diz

    15 de setembro de 2016 em 15:54

    Deveriam deixar ao menos os leitores degustar a reportagem e fazer seu próprio juízo de valor!

    Reportagem partidária!!!

  4. ric diz

    15 de setembro de 2016 em 12:51

    morto tá de bom tamanho…antes mito que ladrão vivo.

  5. pereira botelho diz

    15 de setembro de 2016 em 11:45

    Herói não faz mal,porem preso será importantíssimo pois assim o povo conhecera oDom Corleone brasileiro
    CADEIA NELE e NA QUADRILHA

  6. Leonardo diz

    15 de setembro de 2016 em 11:35

    Deveriam cair também os funcionários públicos corruptos.

  7. ramiro diz

    15 de setembro de 2016 em 11:35

    Esqueceu-se de que em 1976 o que tínhamos era ditadura. Lei de greve em ditadura? Bobagem… Tão grande quanto o circo do ministério público. “não temos provas, mas convicção”. Onde já se viu isso….?!?

  8. walter ianni netto diz

    15 de setembro de 2016 em 11:27

    Cairá de onde cara pálida? Ele não exerce nenhum cargo público. E não se esqueça: Lula Morto, virá mito, preso, Herói e solto: presidente.

  9. José Fernandes diz

    15 de setembro de 2016 em 10:35

    Gostei da analise de hj. Sóbria…foi análise de trajetória e não avaliação simplória como outros aqui..

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