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Ramiro Batista

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Como Dilma e o jogador de cueca, Cunha não sabe a hora de parar

15 de junho de 2016 por Ramiro Batista 4 Comentários

Como Dilma e jogador de cueca, Cunha não sabe a hora de parar
Eduardo Cunha: fingindo ignorar que seu caso não é apenas a firula de ter mentido, mas o conjunto da obra (Foto Memória EBC)

Eduardo Cunha está, como a presidente afastada Dilma Rousseff, naquela situação do sujeito todo pelado na porta do cassino, depois de ter perdido tudo, que vê outro saindo só de cueca:

— O que eu mais admiro em você é essa capacidade de saber quando parar.

Por ironia do destino, o mais polêmico e eficiente dos presidentes de Câmara brasileiros está na mesmíssima situação em que estava a presidente quando a empurrou para o cadafalso com a competência de jogador de pôquer.

Meio tonto, se agarra a uma firula jurídica do seu processo de cassação, o fato de ter mentido ou não sobre a posse de conta no exterior, fingindo ignorar que vai para o mesmo cadafalso, como ela, não por firula contábil ou mentira, mas pelo conjunto da obra.

Que é, no seu caso, a grosso modo:

  1. Recebimento de propinas até agora bem documentadas de mais de R$ 80 milhões na intermediação de negócios com a Petrobras, aluguel e compra de navios-sonda e campos de petróleo.
  2. Recebimento de propina de R$ 45 milhões só do Banco Pactual para incluir emenda em Medida Provisória.
  3. Depósitos mal explicados de mais de R$ 80 milhões na Suíça e nos EUAno exterior, acima de sua capacidade financeira, em seu nome e de sua família.
  4. Intimidação de empresários, por meio de requerimentos de convocação ou prestação de esclarecimentos ao Legislativo, no caso de atraso no recebimento das propinas.
  5. Intimidação e manobras para atrasar seu julgamento ou obstruir a justica, em pelo menos 11 casos citados pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot, na ação em que pediu seu afastamento da presidência da Câmara.

Como ela também, por conveniência ou por acreditar mesmo na própria mentira, perdeu a noção da hora de parar.

Aquele limite em que qualquer defesa soa ridícula e expõe ao ridículo, além de si mesmo, os aliados. Aquele em que fica difícil até para os amigos mais fiéis defendê-lo, como ocorreu na tarde desta quarta-feira no voto entre vingativo, libertador e algo oportunista de sua apadrinhada Tia Eron e de quem a seguiu.

Votação do impeachment

Exatamente como Dilma, que assistiu do sofá no Alvorada a procissão de aliados até a véspera no microfone da sessão de impeachment. Igualmente vingados por terem sido usados, igualmente livres dos favores aceitos e um tanto pragmáticos, preocupados de não entregarem a biografia como pagamento.

Nunca houve tamanho descaramento ou, para usar uma palavra mais respeitosa, alienação conveniente. Mas também nunca houve época em que os mais altos comandantes do país correram o risco plausível de irem para a cadeia.

Nem é só bem o caso daquele — ou daquela — que perde tudo no cassino e fica com a sensação de que ainda pode voltar para a mesa do jogo e recuperar a cueca.

Mas daquele que está fugindo em alta velocidade depois de atravessar o sinal, sob perseguição implacável, colocando em risco a vida dos caronas e da família. Porque vale tudo, menos cair nas mãos da polícia.

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Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

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Comentários

  1. Bosco Da Silva/Boston diz

    15 de junho de 2016 em 13:42

    Hora propicia para passar o Brasil a limpo. Nao existe um sequer politico na atualidade capaz de aplicar sua honestidade e salcar o Brasil. Mas o sonho e a fe em Deus de que se começarmos a deixar de brincar de votar….votando em artistas, jogadores, pessoas sem estudo suficiente para saber administrar, criar regras ou codigo de etica…assim sê o voto escolher o candidato certo sem o ato do favor pessoal….assim em trinta anos teremos outro Brasil

  2. elias amorim diz

    15 de junho de 2016 em 10:15

    É uma pena os que ainda tem os João Faria ou “farinha” do mesmo saco, de dilma e cunha.

  3. elias amorim diz

    15 de junho de 2016 em 10:12

    E por não saber a hora de parar esta acabando de afundar o BRASIL.. E o sr João Faria, e outros do mesmo saco de farinha., do cunha e dilma.

  4. João Faria diz

    15 de junho de 2016 em 09:10

    Você faz parte desta imprensa tendenciosa, parcial e elitista. Em suas historinhas nunca vi um comentário sequer sobre as falcatruas de Aécio e sua turma. Entendo, pode perder o emprego. Você trabalha para uma empresa cujo presidente declarou com todas as letras seu apoio a Aécio. O pior não é o apoio, é o apoio incondicional, que só vê um lado da história. Esta posição para a imprensa é terrível, é triste, é decepcionante. Não deve ser fácil trabalhar em uma empresa assim.

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