• Skip to main content
  • Pular para sidebar primária
  • Pular Rodapé

Ramiro Batista

Política, Comunicação e Escrita Criativa

  • MEUS ARTIGOS
    • POLÍTICA & PODER
    • MÍDIA e PODER
    • ESCRITA CRIATIVA
  • MEUS LIVROS
  • MEU SITE
  • MEU CONTATO

Vídeo dá pista de como Dilma queimou rápido sua credibilidade

16 de abril de 2016 por Ramiro Batista 1 comentário

Vídeo dá pista de como Dilma corroeu sua credibilidade
Presidente emula o discurso de seu padrinho político de que havia se afastado quando tomou posse pela primeira vez

Logo no segundo mês de seu primeiro governo, em fevereiro de 2011, o bem amado multimídia Nelson Motta traduziu num artigo o caso de amor que o país vivia com Dilma Vana Rousseff depois de um certo cansaço com as bravatas de um Lula já bem desgastado:

“Como é bom ter uma presidente que não vive esbravejando nos palanques e dividindo o País entre ricos e pobres, entre as elites e o povo e culpando os adversários políticos por todos os males do Brasil.

Que delícia não ter que ouvir todo dia a presidente dizer que o Brasil começou no dia em que ela tomou o poder e que os que a antecederam só lhe deixaram uma herança maldita.

Que alívio ter uma presidente que não se diz uma metamorfose ambulante nem tem opinião formada sobre tudo, até sobre o que totalmente ignora.

Como é edificante ter uma presidente que não se orgulhe de sua grossura e ignorância nem deboche dos que estudaram mais. Que sensacional é ter uma presidente que lê jornais. E livros!

Como é civilizado ter uma presidente que defende os direitos humanos, tanto em Guantánamo como em Cuba e no Irã. E que declara que o Brasil não deve dar opinião sobre tudo que acontece em outros países.

Como é gostoso não ouvir a presidente acusar todos que não a apoiam de ter preconceito contra pobre, nordestino e operário. Ou contra mulheres de origem búlgara de classe média.

Como é confortador ter uma presidente que não diz que o mensalão é uma farsa da imprensa golpista. E que não faz nomeações partidárias para o Supremo Tribunal Federal.”

Como ela corroeu esse patrimônio perante a opinião pública em tão pouco tempo e de forma tão acachapante é tema de especulação intelectual excitante para teses e matérias longas. Seu pronunciamento divulgado ontem à noite pode dar, porém, uma pista de como construiu seu cadafalso.

Por mais que tente acenar agora para a unidade de um país múltiplo, em que parece ter compreendido quando tomou posse pela primeira vez, ela não resiste à propaganda, ao confronto e à divisão de classes que fala a uma minoria e é o pior de sua herança.

Atribui a seus adversários que tomarão posse um ataque à democracia que não está em risco, o fim dos programas sociais que não está discussão e a pecha de corruptos que não é prerrogativa só deles.

Apesar do esforço enorme para coalizar e falar para todos, é quase como se repetisse aquele anúncio impostor de sua campanha de que a autonomia do Banco Central iria tirar comida do prato dos pobres.

Parece ter aprendido o pior de seu padrinho político e voltado a emular seu discurso desagregador, sectário e já meio mofado na época de sua primeira posse.

Que nunca tenha conseguido se afastar totalmente deles — do discurso e do padrinho do discurso — tem a ver com a imaturidade política que é parte da equação de sua miséria.

Sem ter tido ou construído sua própria luz, sucumbiu a eles assim que surgiram as primeiras dificuldades com a classe política de que se diferenciava, agarrou-se ao padrinho envelhecido e, junto do discurso, carregou também os métodos. Esqueceu rápido a faxina ética que havia arrastado a boa vontade da maioria da sociedade que Nelson Motta representava.

>>> Ver a Dilma de luz própria no meu artigo Dilma no Maracanã é uma sobra da Dilma de 2008

Que sobreviveu até o — e no  — discurso de ontem.

Um político experiente teria delegado o discurso de ontem a aliados, evitaria o indefensável e não insistiria numa resistência que interessa ao projeto do seu padrinho mas não à sua dignidade. E evitaria acabar de queimar o resto de boa vontade que parte da sociedade ainda concede à sua pessoa.

Mas, até a última hora, parece estar ouvindo o padrinho que a ilumina desde sempre, mesmo que ele já não tenha mais condições de iluminar.

Posts relacionados

  • Como Dilma e jogador de cueca, Cunha não sabe a hora de pararComo Dilma e o jogador de cueca, Cunha não sabe a hora de parar
  • Por que se apressou o impeachment, segundo os grampos de MachadoPor que se apressou o impeachment, segundo os grampos de Sérgio Machado
  • Grampo mostra que acordão de Renan era parlamentarismo com LulaGrampo mostra que acordão de Renan era parlamentarismo branco com Lula
  • "Estancar sangria" e 7 verdades sobre o grampo em Jucá“Estancar a sangria” e 7 verdades sobre o grampo em Romero Jucá
  • Meu artigo de novembro de 2014: “Amigos é que detonarão Dilma”Meu artigo de novembro de 2014: “Amigos é que detonarão Dilma”
  • Enfrentamento sem talento agravou erros e desgraça de DilmaEnfrentamento sem talento agravou erros e desgraça de Dilma

Arquivado em: MARKETING POLÍTICO, POLÍTICA & PODER Marcados com as tags: escândalos políticos, impeachment, políticos e candidatos

Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

Reader Interactions

Comentários

  1. Poliana Lopes diz

    18 de abril de 2016 em 12:35

    Bacana.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sidebar primária

MAIS LIDOS

Gigante bobo e atrasado, Brasil deveria ter sido dividido em quatro

A Mente Moralista e sete desvantagens do discurso ideológico de Lula

Olavo de Carvalho de saias e à esquerda, Rita Von Hunty é estupenda

Comunicação ficou mais importante que arma e dinheiro para tomar o poder

Militância de direita se consolida e é principal adversário de Lula

Patrono da militância, Freire pode ter inspirado o anti senso crítico

Oratória e mente de Messias explicam poder hipnótico de Hitler

VEJA ARTIGOS DESDE 2010

MEU CANAL NO YOUTUBE

https://www.youtube.com/watch?v=UrQE4D29N3A

VEJA MAIS POSTS EM:

 Facebook Twitter LinkedIn Instagram

Footer

  • ESTE SITE
  • POLÍTICA DE PRIVACIDADE
  • LOJA DE LIVROS
  • MEU CONTATO

Copyright @ 2010-2020 - Ramiro Batista.