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Ramiro Batista

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O problema da pressa nas entrevistas do Jornal Nacional

28 de agosto de 2014 por Ramiro Batista Deixe um comentário

Foto Reprodução
Pressionados pelo tempo e a tradição de matérias curtas para não afastar a dona de casa, os apresentadores acabam apressados e irritadiços.

As entrevistas do Jornal Nacional com os presidenciáveis é um tipo de programa jornalístico ruim, pelo excesso de pretensão para pouco tempo, no lugar errado e na hora idem.

1. Pela quantidade de perguntas, pretende exaurir a biografia do candidato. Pela extensão de cada uma, extrair um tratado sociológico de cada resposta. As duas perguntas sobre as contradições de Marina Silva, no caso do avião sem dono e de sua votação ruim no Acre, foram nessa direção.

2.Cerca de 40% são gastos com perguntas, cuja prolixidade nenhum repórter de TV havia tentado até então. O tempo médio de uma reportagem de TV é de 1h10m, menos do que a maioria das perguntas de William Bonner e Patrícia Poeta.

3. O formato é inadequado para o jornalístico, que se firmou como um resumo do noticiário do dia, enxuto, objetivo, sem qualquer pretensão de opinião. Suas poucas colunas de opinião, dos tempos de Alexandre Garcia e Franklin Martins, foram jogadas para o Jornal da Globo, mais tarde, quando há mais tempo e um telespectador mais informado e disponível.

4. As matérias precisam ser rápidas e apressadas para não afastar da sala a dona de casa que acabou de ver a novela das 19h e está ansiosa pela das 21h.

5. Os apresentadores acabam apressados, inquietos e irritadiços com as respostas longas. Pressionados pelo tempo, pela estratégia e pelo peso de uma tradição a cumprir, acabam por parecer imperiais, prepotentes e presunçosos. E os presidenciáveis, por sua vez, meninos desobedientes em prova oral.

Então…

1. A que isso serve?

2. É bom para os candidatos, para o país ou para o programa? Querer respostas curtas para temas complexos é uma necessidade dos candidatos, do país ou do programa?

3. Ora, se você quer respostas abrangentes e não tem tempo, precisa respeitar o cronômetro e não afastar a dona de casa, por que as perguntas longas? Por que tentar tantas perguntas?

4. Não seria o caso de pegar um tema só, como Segurança ou Educação, por exemplo?

5. Por que, enfim, chamar candidatos a presidente da República que têm algo mais a dizer do que o relato sumário de uma reportagem?

O problema é que o Jornal Nacional e seu modelo de jornalismo sem tempo não é adequado para esse tipo de entrevista. O menos pior seria o caso de não se meter nesse tipo de entrevista e empurrá-la para programas de tempo mais flexível.

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Arquivado em: MÍDIA e PODER Marcados com as tags: análise de mídia, eleição 2014, ética jornalística, políticos e candidatos, profissão de jornalista

Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

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