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Ramiro Batista

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Aeroporto de Cláudio é tapete que Aécio Neves deixou entrar

21 de julho de 2014 por Ramiro Batista Deixe um comentário

Foto em http://pt.wikipedia.org/wiki/Aécio_Neves#mediaviewer/Ficheiro:Tancredo_aecio_neves.jpg
Aécio era secretário do avô no Palácio da Liberdade, onde não entraram os tapetes de dona Risoleta: – Todo mundo vai ver entrar, mas ninguém vai ver sair. (Foto Wikimedia Commons)

Quando Tancredo Neves ganhou o governo de Minas, nas eleições de 1982, dona Risoleta Neves quis levar para o Palácio da Liberdade seus tapetes de estimação. A velha raposa recusou:

– Ninguém vai ver entrar, mas todo mundo vai ver sair.

Lula, que tinha a mesma manha mas não talvez a mesma autoridade dentro de casa – em se considerando que tinha o mesmo espírito público –, deixou que dona Marisa plantasse um canteiro de flores vermelhas no formato da estrela petista, nos jardins históricos e tombados do Palácio. Pagou um preço alto por isso.

Se Aécio Neves tivesse se lembrado pelo menos da lição do avô, no último ano de seu governo em Minas, talvez não teria autorizado a construção de um novo aeroporto em terreno de seus parentes, em Cláudio, mesmo desapropriado.

Por certo, considerou que ninguém prestaria atenção se o enfiasse no programa Pró-Aéreo, de reforma de outros aeroportos no Estado. Se ocorresse de um dia alguém percebê-lo, a opinião pública conseguiria entender que, só por acaso, fora feito a seis quilômetros da fazenda da família que costuma visitar.

— Ninguém verá ou se importará por ter sido feito dentro de um programa coletivo de governo — pode ter pensado, numa variação da lição do avô. — Se for descoberto, eu arranjo um jeito de explicar.

Só que terá explicar como deixou entrar esse tapete agora, no meio de um caldeirão político de ânimos acirrados, em que tem mais gente querendo ver e menos gente disposta a acreditar. Ou à espera das vésperas da eleição para perguntar o que tem sido difícil de responder:

  • Quantas vezes o usou?
  • Por que seu parente é que guarda as chaves?
  • Qual sua viabilidade econômica?
  • Qual o sentido de construí-lo a menos de uma hora de outro, em Divinópolis.

Que ele não tivesse percebido isso a tempo, é caso de outra lição clássica das raposas políticas de que a esperteza, quando muita, come o dono. Caso de ter levado a autoconfiança e a manha política que herdou no sangue meio longe demais.

Vai precisar de boa parte dela para proteger o calcanhar quando a campanha eleitoral chegar.

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Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

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