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Ramiro Batista

Política, Comunicação e Escrita Criativa

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Grande imprensa venceu as redes sociais na cobertura de Santa Maria

29 de janeiro de 2013 por Ramiro Batista Deixe um comentário

Difícil fazer reparos na cobertura da imprensa escrita na tragédia de Santa Maria. Como o principal aconteceu pela madrugada e, já de manhã, pipocavam informações nas rádios, os jornais tiveram o domingo inteiro para trabalhar. E um dia inteiro, principalmente um domingo sem outras maiores coberturas, é uma eternidade para uma turma que aprendeu a trabalhar no sufoco e em curta prazo para entregar material quente e variado, na última hora.

Com o prazo e muito profissionalismo, conseguiram entregar na segunda-feira um material quase completo de uma das maiores tragédias que nossa leniência pública já produziu: números bem aproximados, histórias pessoais, explicações bastante convincentes das circunstâncias e indícios muito consistentes dos culpados e imagens. Com poucas exceções, como a da Folha de S. Paulo, que resiste a ir além do fato em suas capas, a maioria procurou avançar nas causas e culpas, mas com o devido fundamento que a reportagem extensa conseguiu oferecer.

Interessante que as redes sociais, assentada na obsessão dos milhares de voluntários de celular em punho, não tenha contribuído com quase nada em imagens e relatos, como tem ocorrido em tragédias anteriores. Possivelmente por causa das cruéis condições de luminosidade do local antes, durante e depois da tragédia, nenhuma imagem relevante saiu de um espaço onde certamente haveria quase um celular com câmera por cabeça.

Mais um ponto para a chamada mídia tradicional. O incêndio na boate de Santa Maria vai ficar como mais um estupendo exemplo de como é ela que ainda detém o monopólio da informação variada, selecionada, organizada, profunda e, dentro de suas condições e até onde interessa, rápida. A informação não roda mais pelos seus chassis – o papel dobrado e transportado em caminhões – e sua repercussão depende dos computadores, mas continua insuperável para dar ordem no turbilhão de sons e imagens que nos atordoam.

Restrição para a poderosa Globo, como sempre. A emissora tem como poucas no mundo uma agilidade espantosa para montar grandes aparatos de cobertura, com mais agilidade e a mesma potência informativa e explicativa dos jornais. Mas cai sempre num texto editorializado, choroso, que poderia perfeitamente ser evitado sem prejuízo da informação. Infelizmente, como quem narra futebol, tenta produzir mais emoção que informação.

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Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

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