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Ramiro Batista

Política, Comunicação e Escrita Criativa

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Fátima Bernardes ou Tom & Jerry?

19 de julho de 2012 por Ramiro Batista Deixe um comentário

Dura a vida da Fátima Bernardes.

Depois de reinar absoluta como a senhora todo poderosa da noite brasileira, pontificando sobre gatos e ratos de toda a espécie, agora tem que disputar espaço com Tom & Jerry (além de X-Men e Ben10), no ingrato papel de gata grande que precisa correr atrás do ratinho irrelevante. A trinca do programa Bom dia & Cia, do SBT, anda peitando seu novo programa nas manhãs da Globo, com o mesmo índice de audiência – 7 a 7. O noticiário de hoje adianta que a emissora já planeja mudanças, de iluminação e cor dos móveis, para tirar o clima de boate. Como naquela piada do marido traído que troca o sofá.

Dura a vida da TV aberta.

No admirável mundo novo de nichos de mercado e alta segmentação, é arriscado manter grades que misturam novela, filmes, desenhos animados e, principalmente, jornalismo – esse falatório danado que ocupa as abertas de manhã à tarde e que, na Globo, parece ser solução de emergência para tudo.  Fátima Bernardes perde para os desenhos do Sílvio Santos porque deixou de atender parte do público múltiplo da manhã, a meninada de olho no Globinho.

A Globo sempre estruturou sua grade de forma a contemplar todos os públicos de acordo com o que ela entende por comportamento doméstico. Inferiu que o homem da casa quer ver um jornal (Bom Dia, Brasil) enquanto toma o café da manhã. Quando sai, deixa a mulher ou a empregada vendo a Ana Maria Braga, que, por sua vez, para se darem um descanso, colocaram os meninos na frente do Globinho até a hora do banho. O homem que volta para o almoço quer ver os programas jornalísticos e de esportes. É a mesma lógica da programação noturna – o Jornal Nacional não pode ser muito profundo para não espantar a dona de casa que pegou a novela das sete e vai esperar a das nove.

O novo programa é uma inflexão nesta lógica e deve ser uma opção de mercado mais lucrativa. Mas os executivos devem estar com uma dúvida hamletiana entre ganhar dinheiro com adulto ou audiência com criança, abrir ou não abrir o flanco onde o adversário é mais vulnerável.

Sílvio Santos nunca teve uma lógica percebível, a não ser tirar velhos desenhos do armário sempre que se sente ameaçado. Nunca se arrependeu, mas seu estoque de desenhos pode não ser tudo. Ele também é TV aberta e, como a sua principal rival, suas mágicas também têm dias contados.

Um dia, como ela, também vai ter quer escolher seu nicho.

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Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

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