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Ramiro Batista

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Requiem para Helena Chagas. Ela bem que merecia um velório melhor.

10 de fevereiro de 2014 por Ramiro Batista Deixe um comentário

Lula teria se saído melhor com a Imprensa se tivesse alguém menos Franklin Matins e mais Helena Chagas
Lula teria se saído melhor com a Imprensa se tivesse alguém menos Franklin Martins e mais Helena Chagas

Como garçons e juízes de futebol, jornalistas são tão bons quanto menos se falem deles. Mas Helena Chagas bem que deveria ter merecido um velório com algum choro e vela dos colegas da imprensa na sua defenestração da chefia da Secretaria de Comunicação do governo Dilma, por motivos desconhecidos.

Ela recuperou para o cargo já ocupado até por diplomatas a discrição, a dignidade e a eficiência que se haviam perdido no governo Lula. Seu antecessor e ex-guerrilheiro Franklin Martins parece ter chegado ao posto com algo de rancor por sua demissão da poderosa Rede Globo e o usou para atiçar – ao invés de amainar – as naturais resistências do poder jornalístico com seu chefe.

Lula talvez não reconheça, mas poderia ter tido outra história com a imprensa se tivesse tido um assessor que estabelecesse e não detonasse pontes com os jornalistas.

Ela, ao contrário, restabeleceu as pontes dinamitadas, atraiu os colegas de volta ao convívio civilizado com o Palácio e é certamente responsável por muito da boa vontade das redações com sua chefe. E olha que deve ser mais difícil tornar dócil e palatável alguém de trato difícil como ela.

Fazer análise em retrospectiva é tão arriscado para um jornalista quanto fazer prognósticos, mas é bem possível que a imagem irrecuperável de Lula com a imprensa teria sido outra, se estivesse nas mãos de alguém menos Franklin Martins e mais Helena Chagas.

Profissionais de assessoria de imprensa, como eu, sabem que é mais fácil levar um sujeito dócil e generoso com os amigos, aliados e subordinados como ele, do que alguém turrão como Dilma.

Não foi a primeira vez que Helena foi abatida em pleno voo. No início dos anos 90, num carreira em ascensão dentro de O Globo, botando para quebrar em Brasília, ela era a substituta natural de Carlos Castelo Branco na coluna de bastidores políticos.

Vinha substituindo com um texto leve e cheio de frescor as crônicas vetustas do patrono do colunismo político, morto em 1993, mas teve que ceder o lugar para Merval Pereira, apeado naquele ano da direção geral do jornalismo do grupo. O jornalista assumiu o espaço nobre com um texto pesado como o de Castelinho, como se a direção do Globo considerasse prolixidade como sinônimo de respeitabilidade.

É possível que O Globo também fosse outro e apanhasse menos do que os julgam conservador demais se a tivesse mantido nesse espaço notoriamente influente.

PS – Única explicação

A única coisa que li sobre as razões de sua saída, num blog que apóia o Planalto, O Cafezinho, lhe serve de elogio apesar de sua intenção contrária. Ela seria culpada por retirar o apoio a esses veículos, que ele chama de “publicações com ideias diferentes”, fartamente patrocinados com verbas públicas no governo Lula:

“É uma ministra absolutamente técnica numa pasta essencialmente política. Sua própria presença lá representava um posicionamento oficial extremamente conservador, e flertando com a covardia, visto que ela controlava instrumentos que poderiam servir para enriquecer o debate político, e não os usou. Ao contrário, a Secom viveu um duro retrocesso político durante a sua gestão. Várias revistas e publicações comprometidas com ideias diferentes foram abandonadas. Adotou-se um critério técnico que só beneficiava as corporações midiáticas, cujo poder financeiro foi consolidado num regime de exceção.”

Aqui também, percebe-se em linhas cruzadas, que ela restabeleceu o primado do bom assessor de imprensa: se relacionar com quem de fato tem relevância na opinião pública majoritária.

 

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Arquivado em: MARKETING POLÍTICO, MÍDIA e PODER Marcados com as tags: análise de mídia, escrever jornalismo, ética jornalística, profissão de jornalista, relacionamento com a imprensa

Sobre Ramiro Batista

Sou escritor e jornalista formado em Letras e Literatura, Comunicação e Marketing, experiente em escrever, editar, publicar, engajar e promover pessoas e ideias. Compartilho tudo o que sei sobre o uso de ferramentas de comunicação para conquistar e manter poder.

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