O Super Notícia, o jornal popular de Belo Horizonte, tirou da FSP a liderança de circulação em 2010, segundo o IVC. Média diária de 295 mil, contra 294 mil da Folha, 262 mil do Globo, 238 mil do Extra e 236 mil do Estadão.
Não cabe comparação, porque são dois jornais de propósitos, prestígio, abrangência e participação publicitária absolutamente diferentes.
Mas vale refletir sobre o fenômeno que os donos da Sempre Editora, que edita o Super e o jornal O Tempo, criaram ao buscar um nicho de mercado que se acreditava inexistente.
O Super não é o jornal da classe C/D, que não lê a Folha nem o Globo e gosta de novelas, futebol e crimes. É o da classe E, que, além de gostar de novela, futebol e crimes, quer textos ainda mais curtos e preços ínfimos ao seu alcance.
São peões e empregadas domésticas que trocam a cachacinha e o cafezinho, ou o troco do ônibus, de R$ 0,25, por uns minutos de curiosidade antes de pegar no batente.
Deixe um comentário